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    Fotos premiadas de paisagem mostram a fragilidade do mundo natural

    A lava alaranjada de um vulcão na Islândia e as sombras no topo de uma geleira no Canadá estão entre as imagens vencedoras do segundo prêmio anual Natural Landscape Photography Award

    Jacopo Priscoda CNN

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    A lava alaranjada a partir de um jorro vulcânico na Península de Reykjanes, na Islândia, e as sombras no topo de uma montanha em uma geleira em Yukon, no Canadá, estão entre as imagens vencedoras do segundo prêmio anual Natural Landscape Photography Award.

    As duas fotos, do austríaco Philipp Jakesch e do canadense Jim Lamont, respectivamente, levaram para casa o prêmio conjunto na categoria “Fotografia do Ano”.
    “Com as mudanças climáticas, o Glaciar Lowell, como a maioria das geleiras do mundo, está desmoronando em ruínas e sua superfície vai gradualmente desaparecendo sob sujeira e escombros enquanto o gelo derrete”, detalha Lamont. “A imagem pretende sugerir a onda de destruição que nos esmagará a menos que deixemos de despejar carbono na atmosfera”.

    As geleiras estão derretendo muito mais rápido do que o esperado, conforme um estudo de 2021. De 2000 a 2019, a taxa de derretimento acelerou de estimados 36 centímetros por ano para 69 centímetros por ano. O derretimento das geleiras contribuiu para um aumento estimado de 21% do nível do mar desde 2000, representando mais de meio centímetro de subida. Os aumentos mais rápidos do derretimento ocorreram no Alasca, no oeste do Canadá e nos Estados Unidos.

    O prêmio de “Fotógrafo do Ano”, que olha para um conjunto maior de trabalho, foi para o norte-americano Brent Clark, que inscreveu impressionantes fotos de deserto, de um cânion deserto em Utah a um lago alpino em Wyoming, tudo nos EUA.

    Uma das imagens de Brent Clark, mostrando dunas de areia na Califórnia. NLPA

    A competição foi lançada no ano passado por quatro fotógrafos de paisagens (Tim Parkin, Matt Payne, Rajesh Jyothiswaran e Alex Nail) com base em uma regra de ouro: que a integridade do local fotografado fosse mantida.

    Regras estritas limitam a quantidade de manipulação digital permitida nas imagens, e o painel de julgamento deve ter acesso aos arquivos originais brutos, para verificar a autenticidade. “No centro de tudo está um amor e respeito pela paisagem”, diz Tim Parkin, um dos organizadores. “Um dos outros objetivos é poder mostrar às pessoas uma gama de imagens incríveis de uma forma que elas não pensem imediatamente que tem trabalho de Photoshop ali”, completa.

    Entre as técnicas proibidas está a combinação de duas imagens de distância focal diferente, distorcendo os elementos existentes para fazê-los parecer mais dramáticos, ou remover partes significativas da cena. São permitidas técnicas padrão de pós-processamento, como correção da exposição, cor e contraste, bem como correções de manchas de poeira e de clarões.

    “Ao restringir nossas fotografias para representar o mundo natural de uma maneira verdadeira, criamos confiança na posição única de nossa arte, combinando experiências reais com a criação artística”, diz o site da competição.

    Em 2022, 10.700 fotografias foram inscritas na competição, vindas de 55 países e 1.179 fotógrafos. Elas foram julgadas por um painel de oito especialistas e fotógrafos que concederam um total de US$ 38.750 (cerca de R$ 210 mil) em prêmios para 24 categorias.

     

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