Força Aérea da Ucrânia diz ter derrubado mais de 60 drones lançados pela Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou que a Ucrânia está discutindo novos sistemas de defesa aérea com aliados, após o lançamento do míssil hipersônico de médio alcance da Rússia
As defesas aéreas da Ucrânia derrubaram 64 drones russos de um total de 114 lançados em todo o país na sexta-feira (22), segundo informou sua força aérea.
Cerca de 41 drones foram perdidos localmente, “presumivelmente devido a contra-medidas ativas de guerra eletrônica das Forças de Defesa”, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.
“A aviação, as unidades de mísseis antiaéreos, os equipamentos de guerra eletrônica e os grupos móveis de fogo da Força Aérea e das Forças de Defesa da Ucrânia foram envolvidos na repulsão do ataque”, acrescentou no seu boletim diário.
A Força Aérea ucraniana informou que a maioria dos drones foi derrubada sobre o centro da Ucrânia e nas regiões do nordeste.
Reforço nos sistemas de defesa aérea
A Ucrânia está realizando reuniões com seus aliados para desenvolver “novos sistemas de defesa aérea”, disse o presidente Volodymyr Zelensky na sexta-feira, após um ataque da Rússia usando um míssil balístico experimental no dia anterior.
Em seu pronunciamento diário, Zelensky afirmou que o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, “já está realizando reuniões com nossos parceiros sobre novos sistemas de defesa aérea — exatamente os tipos de sistemas que podem proteger vidas contra novos riscos.”
“Quando alguém começa a usar outros países não apenas para terror, mas também para testar seus novos mísseis por meio do terror, isso é definitivamente um crime internacional”, acrescentou.
Ele agradeceu aos aliados da Ucrânia “que já responderam a essa última onda de loucura russa.”
Os comentários de Zelensky ocorreram depois que a Rússia, na quinta-feira (21), disparou seu novo míssil “Oreshnik” contra a região de Dnipro, na Ucrânia. Especialistas disseram à CNN que o ataque foi a primeira vez que um país usou um míssil com múltiplas ogivas, conhecido como MIRVs, para atingir um inimigo.
Em comentários transmitidos na televisão na noite de sexta-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia continuará testando o novo míssil, que, segundo ele, não pode ser interceptado pelas defesas aéreas.