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    Físico da USP explica relação de nitrato de amônio com explosão no Líbano

    Segundo Adriano Mesquita Alencar, fertilizante não precisa de oxigênio para entrar em combustão, processo que pode ser acelerado em caso de grandes quantidades

    Adriano Mesquita Alencar, professor do Instituto de Física da USP em entrevista para a CNN (04.ago.2020)
    Adriano Mesquita Alencar, professor do Instituto de Física da USP em entrevista para a CNN (04.ago.2020) Foto: CNN Brasil

    Da CNN

    O físico Adriano Mesquita Alencar, professor do Instituto de Física da USP, explicou à CNN qual é a possível relação do fertilizante nitrato de amônio com a explosão no porto de Beirute, que matou quase 80 pessoas e deixou milhares de feridos no Líbano.

    Até o momento, a principal hipótese é que tenha ocorrido um acidente em um depósito que estocava o material, que é inflamável, na região portuária da cidade.

    Segundo Alencar, o risco de explosão do nitrato de amônio existe pelas condições naturais da substância, que pode entrar em combustão mesmo sem precisar de oxigênio, como a pólvora. Um dos cuidados para evitar situações como essas é o armazenamento em pequenas quantidades, o que não teria sido seguido no Líbano.

    “Quando você tem um contêiner com uma grande quantidade desse produto, você pode gerar uma reação em cadeia mesmo sem o oxigêncio. É uma reação muito rápida, porque cada molécula que se quebra gera mais energia”, explica o físico.

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    No perfil oficial, o presidente do Líbano, Michel Aoun, disse que é “inaceitável” que 2.750 toneladas de nitrato de amônio tenham sido armazenados por seis anos sem medidas de segurança. Segundo ele, os responsáveis enfrentarão “as mais duras punições”.

    Mais cedo, o premiê do país, Hassan Diab, também se manifestou de maneira semelhante. “Eu prometo a vocês que essa catástrofe não passará sem responsabilização. Os responsáveis pagarão o preço”, disse ele. “Fatos sobre esse armazém perigoso, que está lá desde 2014, serão anunciados e eu não irei me antecipar à investigação”.

    (Edição: Paulo Toledo Piza)

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