Filipinas registra casos de H5N6, gripe aviária altamente infecciosa
Secretário de Agricultura do país informou que 12 mil codornas foram sacrificadas para evitar que vírus influenza se espalhe; doença pode infectar humanos
O governo das Filipinas confirmou nesta segunda-feira (15) a detecção de casos da gripe aviária H5N6, um subtipo altamente infecioso do vírus influenza A, em uma fazenda de codornas no norte do país.
O secretário de Agricultura, William Dar, disse que o vírus da gripe aviária, a mesma cepa que atingiu algumas fazendas locais de aves em 2017, foi detectado no município de Jaen, na província de Nueva Ecija, onde cerca de 1.500 codornas morreram em uma fazenda.
Um total de 12.000 codornas foram sacrificadas e enterradas para evitar novas infecções, disse Dar, citando relatórios das autoridades locais.
“Estamos no controle da situação”, disse Dar. “Realizaremos imediatamente a vigilância em um raio entre 1 km e 7 km [do local com os casos] para garantir que a doença não avance para fora desse perímetro.”
Também foram estabelecidos postos de controle de quarentena de animais para restringir o movimento de todas as aves domésticas vivas na área de quarentena, disse o secretário. “Gostaríamos de enfatizar que este é um caso único que afeta apenas uma fazenda de codornas”, disse Dar.
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Possibilidade de transmissão entre humanos
A porta-voz técnica para assuntos relacionados com gripe aviária no Departamento de Agricultura das Filipinas disse que, embora exista a possibilidade de transmissão aos seres humanos por meio de excreção e secreção, “as chances são muito pequenas”.
“Também existe uma taxa de mortalidade zero”, disse a Arlene Vytiaco.
Dar disse que seu departamento e o governo local estão conduzindo uma investigação e rastreando os contatos para determinar a fonte da infecção.
Para garantir um fornecimento doméstico constante de aves, ele disse que o transporte de pintinhos, ovos e carne de frango será permitido, desde que as fazendas tenham testes negativos para a gripe aviária.
Dar afirmou que quando a mesma cepa afetou Pampanga e Nueva Ecija em 2017 o país não registrou transmissão entre humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou não ter recebidos relatos de novos casos de infecção de humanos com H5N6 entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro deste ano. Em uma atualização em 7 de fevereiro, a OMS afirmou que 24 casos de infecções de humanos com H5N6 foram detectados na china desde 2014, com ao menos 7 mortes.
“Sempre que os vírus da gripe aviária circulam em aves, há risco de infecção esporádica e pequenos grupos de casos humanos devido à exposição a aves infectadas ou ambientes contaminados”, destacou o relatório da OMS. (Com informações de CNN e Reuters)