Filho diz que concorda com sentença do pai, condenado por ataque ao Capitólio

O filho de Guy Reffitt, o primeiro réu de um motim no Capitólio dos EUA a ir a julgamento em vez de aceitar um acordo de confissão, disse que seu pai “absolutamente” merece a sentença de 87 meses de prisão que foi proferida na segunda-feira (1º).

“Quero dizer, não estou nada feliz. Não estou feliz com toda essa situação. Ninguém da minha família também, mas dizer que estou surpreso seria uma mentira”, disse Jackson Reffitt à apresentadora da CNN Brianna Keilar nesta terça-feira (2).

“Quero dizer, tudo o que meu pai fez, ele é sua própria pessoa. E sua ação tem consequências. Mas eu não estou nada feliz”.

Guy Reffitt, um recrutador de uma milícia de direita conhecida como Three Percenters, foi condenado a mais de sete anos de prisão, a mais longa sentença relacionada à insurreição até hoje.

Ele havia sido condenado por um júri de Washington em março por cinco crimes – querer obstruir a certificação do Congresso da eleição presidencial de 2020, transportar armas para a capital, carregar uma arma para o terreno do Capitólio, interferir na proteção da Polícia do Capitólio no Upper West Terrace e obstruir justiça, ameaçando sua filha e filho, que o entregaram ao FBI.

“Quero dizer, realisticamente, isso não tem uma questão de opinião política. O que meu pai fez está longe de ser política. Isso é uma violência completamente fora dos trilhos. Se teve um motivo político neste momento não importa. É mais sobre o que ele faz e para quem ele fez”, disse Jackson Reffitt a Keilar.

Seu pai, argumentou Reffitt, foi “usado como um fantoche” por Donald Trump, acrescentando: “É nojento ver que alguém com dinheiro e poder social pode simplesmente se safar manipulando milhares de pessoas apenas por qualquer motivo, e não têm resultado”.

Durante o julgamento, os policiais do Capitólio testemunharam sobre a luta contra Guy Reffitt fora do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, e os promotores o chamaram de líder da multidão. Ele também gravou um vídeo em 6 de janeiro no qual fez comentários ameaçadores sobre a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.

Hannah Rabinowitz, da CNN, contribuiu para este relatório.