Federação de jornalistas ameaça levar autoridades de Israel à Justiça caso imprensa seja atacada
Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), uma organização sem fins lucrativos que promove a liberdade de imprensa, disse que 83 jornalistas foram mortos desde o início da guerra
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) ameaçou tomar medidas legais contra autoridades de Israel se os repórteres que trabalham em Gaza forem alvo dos militares.
Em uma carta aberta ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e ao ministro da Defesa, Yoav Gallant, publicada no sábado (27), a FIJ afirmou que cerca de 10% dos jornalistas que trabalhavam em Gaza foram mortos durante a guerra entre Israel e Hamas.
“A taxa de mortalidade entre os funcionários da imprensa tem sido tamanha – cerca de três vezes a dos profissionais de saúde, por exemplo – que é impossível acreditar que se trata de uma questão de sorte”, afirmou a carta.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), uma organização sem fins lucrativos que promove a liberdade de imprensa, disse, no domingo (28), que 83 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Sendo eles, 76 palestinos, quatro israelenses e três libaneses.
A carta da FIJ apelou a Israel para publicar políticas e procedimentos específicos para garantir que o pessoal militar protegeria os jornalistas.
Os militares israelenses já disseram anteriormente que nunca visam jornalistas intencionalmente.