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    Fazendeiros bloqueiam trânsito de Madri com tratores em protesto contra governo

    Trabalhadores estão insatisfeitos com burocracia do governo e poucos auxílios

    Agricultores bloqueiam trânsito de Madri em protesto
    Agricultores bloqueiam trânsito de Madri em protesto Reuters

    Catarina DemonyGuillermo Martinezda Reuters

    em Madri

    Comboios de tratores interromperam o tráfego em torno da capital da Espanha nesta quarta-feira (21), em um protesto de agricultores contra o que consideram como burocracia excessiva e auxílios estatais insuficientes. Eles se encontraram no centro de Madri para marchar em direção ao Ministério da Agricultura.

    Os agricultores protestam há semanas em toda a Europa, mais recentemente incluindo a Polônia, a Grécia e a República Tcheca. Todos eles pedem menos burocracia ligada à Política Agrícola Comum da União Europeia e um afrouxamento das regras ambientais do bloco.

    Enquanto esperavam por cinco colunas de tratores chegarem ao ponto de encontro no centro da Praça da Independência, os manifestantes em coletes amarelos tocaram sinos de vaca lá enquanto também tocavam música de alto-falantes.

    O tráfego em torno do monumento Puerta de Alcalá parou, com vários ônibus incapazes de continuar suas rotas enquanto os agricultores lotavam as ruas.

    Assim que os tratores chegaram à cidade, houve brigas com a polícia durante a marcha pela rua Alcalá, uma rota diferente do planejado inicialmente. Policiais em equipamento de choque seguravam a multidão, bloqueando o avanço dos manifestantes, mesmo quando vários tratores se aproximavam deles.

    Outros participantes se moveram em direção ao ministério ao longo de uma rua paralela, seguindo o itinerário oficial.

    Alguns manifestantes zombaram de uma equipe de televisão do canal La Sexta, com um homem chegando a bater na câmera.

    Um agricultor andava com uma grande vaca branca e castanha, enquanto outro levava um carrinho puxado por dois bois carregando pilhas de notas falsas de 500 euros.

    Lucia Risueno, proprietária de um vinhedo de 52 anos da região de Castilla-La Mancha, disse que as autoridades não ajudaram o setor e pediram preços mais justos.

    “Eu tenho as mesmas despesas, mas estou ganhando metade, então não podemos continuar assim”, disse ela à Reuters, acrescentando que o protesto continuará até que o governo implemente medidas fortes para ajudar os agricultores.

    Adolfo Albaladejo, de 54 anos, disse que estava lutando para garantir que a agricultura não desapareça de seu país.

    “O interior espanhol quer protecionismo. Queremos proteger nossos produtos e ser competitivos”, disse ele.