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    Fatos em Bucha “podem impactar em grande escala”, alerta Conselho de Direitos Humanos

    Presidente dos EUA, Joe Biden, chamou as atrocidades supostamente cometidas pelas forças russas em Bucha de "crime de guerra"

    Zeena Saifida CNN

    Kenneth Roth, chefe do Conselho de Direitos Humanos, disse à CNN na segunda-feira (4) que as imagens de valas comuns emergindo de Bucha, na Ucrânia, são “doentias” e alertou que “poderiam ser replicadas em grande escala”.

    “O que está acontecendo em Bucha e outras cidades ao redor de Kiev pode ser replicado em grande escala. E então a mensagem que estamos tentando enviar ao Kremlin é que, aqui está a evidência dessas atrocidades acontecendo. Se você quer evitar a responsabilidade criminal, reine em suas tropas”, disse Roth a Becky Anderson, da CNN, em uma entrevista.

    O Tribunal Penal Internacional já estabeleceu uma investigação sobre crimes de guerra na Ucrânia, mas Roth enfatizou que “é urgente agir o mais rápido possível” para minimizar a quantidade de provas perdidas.

    “Do ponto de vista dos crimes de guerra… não basta apenas ter um corpo. Você precisa descobrir, por que essa pessoa morreu? Em alguns casos, estamos recebendo relatos de pessoas que foram amarradas, que foram executadas. Isso é um claro crime de guerra. Mas se alguém foi morto no fogo cruzado, você precisa olhar com mais cuidado. Alguns deles poderiam ter sido soldados, ucranianos ou russos. Então você realmente precisa investigar”, acrescentou.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou na segunda-feira as atrocidades supostamente cometidas pelas forças russas em Bucha de “crime de guerra” e pediu um julgamento contra o presidente russo, Vladimir Putin. Ele, no entanto, não rotulou os assassinatos de “genocídio”.

    Em resposta às observações de Biden, Roth disse que não devemos diminuir o que estamos vendo em Bucha, só porque não constitui genocídio.

    “Um crime de guerra é bastante sério. Algumas pessoas estão confundindo a linguagem e dizendo que isso é genocídio. Ainda não vimos genocídio. Espero que não cheguemos a isso na Ucrânia”, disse ele.

    Quando perguntado se Putin poderia ser responsabilizado pessoalmente pelos supostos crimes de guerra, Roth disse: “Em princípio, sim”.

    “O que precisa ser provado é que ele estava ciente desses crimes. Suspeito que isso possa ser comprovado e que ele não tomou medidas para controlá-los, para detê-los”, afirmou.

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