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    Farei de tudo para manter os direitos das mulheres, diz Biden sobre decisão contra aborto

    Presidente dos EUA acrescentou que o "governo vai fazer o que for possível em seu poder, e o Congresso também deve agir"

    Tiago Tortellada CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (24) que “fará de tudo para garantir os direitos das mulheres”. O pronunciamento acontece após a Suprema Corte dos EUA derrubar uma lei federal que garantia a interrupção da gravidez no país.

    Biden pontuou que a suspensão da lei Roe Vs Wade tira um “direito constitucional fundamental” das mulheres e que a decisão terá reações imediatas e reais. O democrata disse estar espantado, que médicos serão criminalizados pelo seu dever de cuidar e que mulheres serão punidas por proteger sua saúde.

    “É a percepção de uma ideologia extrema e um erro trágico da Suprema Corte, na minha opinião”, acrescentou. “É cruel que as leis estaduais acabem criminalizando o aborto, e, com isso, voltaremos para uma lógica dos anos 1800. Levará as mulheres a mais de 150 anos de regressão de direitos”, avaliou.

    Por outro lado, o presidente americano ressaltou que “a luta não acabou”. Biden pediu que o Congresso aja para manter a lei federal, citando também a eleição que ocorrerá no segundo semestre para novos congressistas.

    “A decisão do Supremo não evita que a mulher viaje para um estado que libere o aborto. Portanto, as mulheres estão livres para viajar para outro estado para defender seus direitos”, destacou durante a fala, adicionando que “se alguma autoridade estadual ou local – alto ou baixo escalão – tentar interferir no exercício de seu direito básico de viajar a uma mulher, farei tudo o que estiver ao meu alcance para combater esse ataque profundamente antiamericano”.

    O líder norte-americano afirmou que “políticos não podem interferir em uma decisão que deve ser feita entre uma mulher e seu médico”, falando a favor da manutenção de acesso a medicamentos anticoncepcionais aprovados pelo FDA.

    Ele também pediu para que os protestos contra a derrubada da lei permaneçam pacíficos e observou que sabe que muitos estão “frustrados e desiludidos com a retirada de um direito fundamental”.

    “Essa não deve ser a última palavra. Meu governo vai fazer o que for possível em seu poder. O Congresso também deve agir. E com o seu voto você pode ter a palavra final”, finalizou.

    Mais tarde, Biden fez uma sequência de publicações no Twitter pontuando suas críticas. Segundo o presidente, a maioria dos estados do país “ainda reconhece o direito de escolha da mulher”.

    Além disso, o democrata afirmou que sua “administração protegerá o acesso de uma mulher a medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration” para contracepção e interrupção da gravidez. Segundo ele, a orientação é de que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos garantam tais remédios “o máximo possível”.

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