Familiares de reféns sequestrados pelo Hamas usam dia sagrado para protestar em Tel Aviv
Famílias organizaram uma mesa com 200 cadeiras para marcar a ausência dos reféns no shabat, dia da semana sagrado na religião judaica
Um grupo de familiares de pessoas sequestradas pelo grupo radical islâmico Hamas protesta, nesta sexta-feira (20), no pátio do Museum Of Art de Tel Aviv, em Israel. A ação organizada pelo movimento Bring Them Home Now (do inglês, tragam eles para casa agora) pede a libertação imediata dos reféns.
O protesto acontece no shabat, dia da semana dedicado ao descanso e a orações na religião judaica. Ele começa no entardecer de sexta-feira e segue até a noite de sábado.
Como a data, que pode ser comparada ao domingo no cristianismo, é comemorada em família, o movimento organizou uma mesa com 200 cadeiras usadas para marcar a ausência desses reféns, que não podem passar o shabat com seus familiares.
Ao analista sênior da CNN Américo Martins, a mãe de um rapaz de 22 anos sequestrado pelo Hamas disse acreditar que seu filho está vivo, embora possa ter sido ferido durante os ataques terroristas do grupo radical islâmico em Israel.
A religião judaica dedica o sétimo dia da semana ao descanso e a orações, no chamado shabat, que tem início no entardecer de sexta-feira até a noite de sábado.
As Forças de Defesa de Israel notificaram as famílias de 203 pessoas que estariam sendo mantidas reféns pelo grupo radical islâmico Hamas. A informação foi confirmada pelo porta-voz das FDI, o contra-almirante Daniel Hagari, na quinta-feira (19).
Os militares disseram que não podiam ter certeza sobre o número total de reféns detidos em Gaza.
Um porta-voz do braço militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, disse numa declaração em vídeo na semana passada que o número de reféns capturados pelo Hamas durante o ataque a Israel estava entre 200-250.