Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Façam coquetéis molotov”, pede Defesa da Ucrânia no Twitter a cidadãos de Kiev

    Ministério usou rede social também para pedir que moradores de Obolon, a noroeste de Kiev, avisem sobre invasores e não saiam de casa

    Da CNNda CNN , São Paulo

    O perfil oficial do Ministério da Defesa da Ucrânia no Twitter pediu que a população do distrito de Obolon, a noroeste de Kiev, capital do país, faça coqueteis molotov para neutralizar possíveis invasores na região. O país está sob ataque da Rússia desde as primeiras horas de quinta-feira (24).

    “Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação dos equipamentos! Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante! Moradores pacíficos, tenham cuidado! Não saiam de casa”, pede o governo na mensagem, publicada na madrugada desta sexta-feira (25), no horário do Brasil.

    Autoridades de Kiev reforçaram aos moradores de Obolon a recomendação de ficarem fora das ruas, devido à aproximação de “hostilidades ativas”.

    “Em conexão com a aproximação de hostilidades ativas, os moradores do distrito de Obolon são convidados a não sair”, disse o conselho da cidade em um alerta, divulgado nesta sexta.

    Autoridades de inteligência dos Estados Unidos informaram nesta sexta que estão preocupadas que Kiev possa cair sob controle russo dentro de dias, segundo duas fontes familiarizadas com as informações mais recentes. As forças russas estão em um raio de 32 quilômetros de Kiev, segundo informaram altos funcionários do governo a parlamentares no Capitólio na noite de quinta-feira (24).

    Autoridades acreditam que a Rússia está enfrentando uma resistência mais dura das forças ucranianas do que o previsto, segundo as fontes. Mas as autoridades naquele briefing para o Capitólio se recusaram a dizer se acreditavam que Kiev cairia.

    Autoridades de inteligência ocidentais avaliam que o plano da Rússia é derrubar o governo em Kiev e instalar um governo amigável à Rússia – mas eles ainda não sabem se Vladimir Putin tentará ocupar e manter o território ucraniano depois, disse à CNN uma das fontes familiarizadas com a inteligência.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)

    Tópicos