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    Exílio, pressão e medo: Jornalistas relatam situação no Equador à CNN

    País vive crise na segurança pública; criminosos invadiram uma rede de televisão na terça-feira (9) e fizeram funcionários reféns

    Da CNN

    A onda de violência no Equador chegou ao ponto mais alto neste mês, com a fuga da prisão do criminoso mais procurado do país e invasão de homens armados a uma rede de televisão.

    Assim, a crise na segurança pública atinge também o trabalho de jornalistas equatorianos, que relataram desde pressão e medo a até colegas que tiveram que se exilar.

    À CNN, Alexis Serrano, editor do jornal Equador Chequea afirmou que nove jornalistas tiveram que se exilar por causa da pressão de grupos criminosos em 2023.

    “Em uma província do centro da serra, que se chama Bolívar, vários colegas receberam a ordem de grupos criminosos de publicar vídeos com conteúdo violento contra outras gangues e muitos deles tiveram que ser realocados pelo menos para outras cidades, alguns para outros países, por causa das pressões dos grupos”, disse.

    Ele destaca que essas situações nunca aconteceram no país, mas que, mesmo diante do medo e com as ruas da capital Quito vazias, continua trabalhando.

    “Seguimos trabalhando das ruas, temos essa inquietude, queremos saber como os negócios estão reagindo, os pequenos restaurantes, os locais comerciais”, explica.

    “A incerteza é que não sabemos qual será o próximo alvo, se depois irão [os bandidos] para escolas, ou se vão a centros comerciais. Ontem houve muitos rumores sobre saques nas lojas e nos centros comerciais”, adiciona.

    Também em entrevista à CNN, Emilia Paz y Miño, jornalista do jornal GK, pontuou que nem ela, nem os colegas mais velhos viveram algo parecido.

    “Não estamos assinando nossas notas com nossos nomes. Estamos verificando todas as coisas que vemos, pois há muita desinformação nas redes, avaliando a situação o tempo todo e falando com nossos editores para saber o que podemos fazer, não só pela nossa segurança, mas também para dar uma informação verificada”, relatou.

    Ela ressaltou nesta quarta-feira (10) paira uma “tranquilidade estranha” no país com as forças de segurança nas ruas e que um militar afirmou a ela que estão em “estado de guerra”.

    “Achamos que fosse uma briga na rua”, relata jornalista de TV invadida

    Após a invasão ao estúdio da rede de televisão TC na terça-feira (9), o jornalista Jorge Rendon contou em vídeo publicado nas redes sociais como foi a ação dos criminosos. Segundo destacou, os funcionários acharam que estivesse acontecendo uma briga na rua, quando foram surpreendidos pelos homens armados.

    A polícia conseguiu prender todos os 13 envolvidos e nenhuma pessoa morreu. Os detidos serão processados pelo crime de terrorismo.

    VÍDEO: Jornalista de TV invadida: Achávamos que era uma briga

    “O produtor interno nos disse: ‘tenham cuidado, eles estão entrando, eles estão nos roubando.’ Isso que nós escutamos. As portas do estúdio são muito grossas, blindadas praticamente. Eles queriam entrar a força no estúdio para que pudéssemos dizer o que eles queriam, eu acho que essa era mensagem”, contou.

    “Graças a Deus nós aguentamos. Então nos instalamos em um lugar seguro, mas quando eles entraram, eles nos pediram para ir ao vivo. Eles nos insultaram. Mas conseguimos chegar a um lugar seguro”, continuou.

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