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    Exército israelense reforça posição na Cisjordânia após ataque em sinagoga

    Ataques aconteceram depois de uma incursão de Israel na Cisjordânia que matou nove palestinos

    Por Maayan Lubell, da Reuters

    Os militares israelenses enviaram mais tropas para a Cisjordânia ocupada um dia depois que um atirador palestino matou sete pessoas nos arredores de Jerusalém e outro ataque a tiros na cidade neste sábado feriu duas pessoas.

    Os ataques aconteceram no final de um mês de confrontos crescentes e seguem-se a uma incursão israelense na Cisjordânia que matou nove palestinos, incluindo sete homens, e disparos na fronteira entre Israel e Gaza.

    O gabinete de segurança do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, deve se reunir ainda neste sábado.

    O ataque de sexta-feira fora de uma sinagoga foi o mais mortal na área de Jerusalém desde 2008. O atirador, Khaire Alkam, era um palestino de 21 anos de Jerusalém Oriental. Entre os mortos está um rapaz de 14 anos, segundo a polícia.

    Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo tiroteio e o pai de Alkam disse à Reuters que seu filho não tinha ligações com militantes. Ele atacou uma área que Israel anexou a Jerusalém depois de capturá-la na guerra do Oriente Médio em 1967, em um movimento não reconhecido internacionalmente.

    A polícia disse que ele tentou fugir de carro, mas foi perseguido por policiais e morto a tiros. Quarenta e dois suspeitos, incluindo membros de sua família, foram presos, disse a polícia.

    Neste sábado, a polícia disse que um menino palestino de 13 anos abriu fogo contra um grupo de pedestres, ferindo duas pessoas, antes de ser baleado e ferido por um deles. Esse incidente ocorreu em Silwan, um bairro palestino que fica abaixo dos muros da Cidade Velha de Jerusalém.

    Os ataques destacam o potencial de intensificação da violência após meses de agravamento dos confrontos na Cisjordânia. Pelo menos 30 palestinos – militantes e civis – foram mortos lá desde o início de 2023.

    O ataque das forças israelenses em Jenin na quinta-feira foi o incidente mais mortal em anos.

    Os militares de Israel disseram neste sábado que estavam enviando um batalhão adicional para a Cisjordânia.

    “A região está caminhando para uma escalada sem precedentes”, disse Ismail Haniyeh, líder do grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

    Visitando um hospital de Jerusalém que trata das vítimas, o ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema-direita, disse que vai buscar aumentar o número de licenças de armas. “Quero armas nas ruas. Quero que os cidadãos israelenses possam se proteger”, disse ele.

    O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que lidera o partido Sionismo Religioso pró-colonos, disse que exigirá a aceleração dos planos de construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia, que seu partido espera eventualmente ver anexados.

    Tanto Ben-Gvir quanto Smotrich são membros do gabinete de segurança de Netanyahu, mas não havia indicação de que ele atenderia às suas demandas, algumas das quais já foram feitas no passado.

    O presidente palestino, Mahmoud Abbas, não fez menção aos tiroteios em um comunicado publicado pela agência oficial palestina WAFA, e culpou Israel pela escalada da violência.

    A Autoridade Palestina, dirigida por Abbas, que limitou os poderes de governo na Cisjordânia, suspendeu os acordos de cooperação de segurança com Israel após o ataque mortal em Jenin.

    O tiroteio de sexta-feira, no Dia Internacional da Memória do Holocausto, foi condenado pela Casa Branca e pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que pediu “máxima moderação”. Isso aconteceu dias antes de uma visita planejada do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel e à Cisjordânia.

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