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    Exército está pronto para uma longa batalha, diz general das forças de Israel no 3º dia de conflito

    Fala de Herzi Halevi nesta segunda-feira (9) vem após maior conflito entre palestinos e israelenses em décadas estourar no último sábado (7), quando o Hamas declarou guerra

    As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses na cidade de Gaza
    As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses na cidade de Gaza Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images

    Da CNN

    O chefe do Exército israelense, general Herzi Halevi, afirmou em pronunciamento nesta segunda-feira (9) que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão “prontas para uma longa batalha” contra o Hamas e outros grupos militantes inimigos.

    O posicionamento de Halevi vem após o maior conflito entre palestinos em Israel em décadas estourar no último sábado (7), quando o Hamas reivindicou o lançamento de milhares de mísseis em direção à Israel e declarou guerra contra o país.

    “A intrusão de terroristas nas casas de civis de pessoas na Faixa de Gaza, e a captura de mulheres e crianças – isto é terrorismo assassino”, afirmou o general.

    “Portanto, estamos atacando, perseguindo e prejudicando qualquer pessoa que participou do ataque. E é assim que continuaremos.”

    Chefe do exército de israelense, o general Herzi Halevi / Exército de Israel

    A guerra se intensificou quando o grupo libanês Hezbollah emitiu um comunicado reivindicando a responsabilidade por atacar três locais israelenses em uma área conhecida como Fazendas Shebaa, usando mísseis e artilharia.

    Veja também: Polícia israelense publica vídeo do momento da libertação de reféns do Hamas

    Israel respondeu aos ataques disparando contra a área do Líbano, onde o ataque se originou, de acordo com a FDI.

    O número de mortos aumenta na medida em que os combates se intensificam – os número de domingo saltaram para mais de 430 em Gaza, com cerca de 2.200 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza; e mais de 700 mortos em Israel, segundo a FDI.

    Contra-ataques

    Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira (9).

    “Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.

    Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.

    Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em Gaza / Reuters

    Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência.

    “As escolas e outras infraestruturas civis, incluindo aquelas que abrigam famílias deslocadas, nunca devem ser atacadas”, criticou a UNRWA.

    O Hamas disse ter lançado mais 100 mísseis contra Israel, tendo como alvo o Aeroporto Internacional Ben Gurion. O grupo palestino disse também ter atacado Ashkelon, cidade ao sul de Israel.

    Combates em andamento

    Israel “degradou severamente as capacidades” do Hamas à medida que os ataques aéreos em Gaza continuaram até a manhã desta segunda-feira, segundo a FDI.

    No domingo, o Hamas afirmou que as suas forças ainda estão presentes e conduzindo operações em Mavki’im, no sul de Israel, ao norte de Gaza.

    Apoio militar dos EUA

    Os EUA preparam o envio de porta-aviões da Marinha para o leste do Mar Mediterrâneo, incluindo destroieres de mísseis e outros equipamentos militares.

    Jatos de combate americanos também devem se posicionar no Oriente Médio como forma de dissuasão do Hezbollah, no Líbano, e de outros grupos militantes alinhados contra Israel, segundo autoridades.

    O Hamas acusou os EUA de participarem da “agressão contra o povo palestino”.

    Nenhuma ação da ONU

    O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência no domingo – mas nenhuma ação concreta foi tomada depois.

    Todos os 15 membros precisam votar por unanimidade para que o Conselho de Segurança divulgue uma declaração.

    Na reunião, o Brasil afirmou que iria fazer um apelo pelo “exercício de contenção”, a fim de evitar uma escalada do conflito entre Israel e Palestina.

    “Em um momento como este, é fundamental ser claro na condenação de atos terroristas. É uma situação muito séria, muito grave, mas é importante exortar a um exercício de contenção, porque tudo pode ficar ainda pior”, disse à CNN o embaixador Carlos Duarte, chefe da Secretaria de África e Oriente Médio do Itamaraty.

    Segundo ele, a convocação do Conselho de Segurança – comandado pelo Brasil em outubro – tem como objetivo contribuir para a desescalada das tensões entre Israel e Palestina.

    (Publicado por Gustavo Zanfer, com informações da Reuters e de Kareem Khadder, Mohammed Tawfeeq, Oren Liebermann, Jonny Hallam, Hadas Gold, Eyad Kourdi, da CNN)