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    Exército do Sudão promete retaliação ao ataque da milícia em vilarejo

    Cerca de 150 pessoas teriam sido mortas; ONU pede por investigação

    Nafisa EltahirKhalid Abdelazizda Reuters

    O Exército do Sudão disse nesta quinta-feira (6) que dará uma “dura resposta” ao ataque ocorrido um dia antes em um vilarejo pelo grupo paramilitar sudanês Forças de Suporte Rápidas (RSF).

    Testemunhas disseram à CNN que pelo menos 150 pessoas foram mortas e 200 ficaram feridas no ataque das forças rebeldes.

    O conflito no país já dura 1 ano e deslocou mais de 7 milhões de pessoas.

    O ataque foi o maior de uma série de dezenas executados pelos soldados das RSF a pequenos vilarejos após o grupo tomar o controle da cidade, Wad Madani, em dezembro.

    A maior autoridade da Organização das Nações Unidas no Sudão pediu, nesta quinta-feira (6), uma investigação sobre o ataque ao vilarejo de Wad al-Noura, no Estado de Gezira, no centro do país.

    “Até para os padrões trágicos do conflito sudanês, as imagens que chegam de Wad Al-Noura são de partir o coração”, afirmou a coordenadora humanitária da ONU, Clementine Nkweta-Salami, em comunicado.

    A coordenadora citou fotos compartilhadas nas mídias sociais pelo Comitê de Resistência de Wad Madani, que vem acompanhando esses ataques, mostrando o que descreveu como dezenas de vítimas preparadas para o enterro.

    Um apagão nas telecomunicações impediu a Reuters de entrar em contato com médicos ou moradores para verificar os detalhes.

    As RSF passaram a lutar contra o Exército em abril de 2023, após disputas sobre a integração das duas forças, e desde então tomaram a capital Cartum e a maior parte do oeste do país.

    Agora, o grupo busca avançar sobre o centro do território, e agências da ONU afirmam que o povo do Sudão está correndo “risco iminente de desnutrição”.

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