Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Exército de Israel mata três palestinos na Cisjordânia

    Autoridade Palestina acusa militares palestinos de invadir região de Tulkarm

    O ataque das forças israelenses à cidade de Tulkarm, na Cisjordânia
    O ataque das forças israelenses à cidade de Tulkarm, na Cisjordânia Reuters

    Ali Sawaftada Reuters

    As forças israelenses mataram três homens em ataques na Cisjordânia Ocupada na noite de quarta-feira (15) e na manhã de quinta-feira (16), enquanto faziam patrulha em casas de câmbio, disseram fontes do Ministério da Saúde palestino e da Autoridade Palestina.

    Ayman Ahmad Mubarak, 26, Husam Imad Da’bas, 22, e Mohammed Yusif Nasrallah, 27, foram mortos quando as forças israelenses entraram na cidade de Tulkarm.

    Procurados pela Reuters, os militares de Israel não se pronunciaram.

    Tulkarm é uma cidade crítica na Cisjordânia, onde os confrontos violentos entre as forças de ocupação israelitas e os palestinianos já vinham numa escalada antes mesmo do início da guerra em Gaza, em outubro.

    As incursões também ocorreram nas províncias de Ramallah, Hebron, Jenin, Nablus, Tubas e Qalqilya, e incluíram mais de uma dúzia de prisões, disse a Autoridade Monetária Palestina em um comunicado.

    O aumento da violência na Cisjordânia, o maior e mais populoso território palestiniano sob ocupação israelita, corre o risco de escalar à medida que a guerra em Gaza continua.

    Desde o início desse conflito, desencadeado pelo ataque de 7 de Outubro a Israel por militantes palestinos, tem havido ataques regulares do exército israelense e de colonos judeus a aldeias palestinas. Também foram registrados episódios de violência por parte de palestinos contra israelenses.

    Milhares de palestinos foram presos e centenas foram mortos durante operações do exército e da polícia israelenses. Parte das vítimas integrava grupos armados. Outros eram jovens que atiravam pedras contra as tropas ou, então, civis sem qualquer relação com a disputa.

    A Autoridade Monetária Palestina condenou as batidas em casas de câmbio, dizendo que o dinheiro foi confiscado e os trabalhadores, interrogados.

    As lojas estão “sujeitas à supervisão da Autoridade Monetária e estão sujeitas a rigorosos padrões de governança”, disse o responsável pela entidade, Feras Milhem, num comunicado.

    Hani Abu Moyes, dono de uma empresa de câmbio chamada al-Khaleej, com 11 filiais, disse que vários de seus funcionários foram detidos. Ele acusou as forças israelenses de realizarem os ataques para obter dinheiro.

    “Não fazemos nada ilegal e trabalhamos sob a égide da Autoridade Monetária Palestina”, disse ele por telefone. “Até agora não terminei o cálculo de quanto dinheiro foi confiscado, mas a quantia é grande”.

    As casas de câmbio são uma parte importante do cenário financeiro da Cisjordânia.

    Muitos palestinos no território preferem dólares americanos ou dinares jordanianos para grandes compras, como terrenos, casas ou veículos, embora os shekels israelenses sejam usados ​​na vida diária. Muitos também têm parentes que vivem e trabalham no exterior e usam esses cambistas como uma forma de enviar dinheiro para casa.