Exército confirma morte de soldado israelense-americano no ataque de 7 de outubro
Autoridades acreditavam que Omer Neutra havia sido capturado, mas ele foi assassinado e teve corpo levado para Gaza
O Exército de Israel disse nesta segunda-feira (2) que um soldado israelense nascido nos Estados Unidos foi morto durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 e teve seu corpo levado para a Faixa de Gaza.
Autoridades acreditavam que ele tinha sido feito refém durante a ofensiva do grupo radical no ano passado.
Omer Neutra nasceu e foi criado nos Estados Unidos e serviu no Exército israelense como comandante de tanque durante o ataque de 7 de outubro, no qual combatentes do Hamas invadiram comunidades israelenses. Ao menos 1.200 pessoas foram mortas e 250 foram feitas reféns, de acordo com contagens israelenses.
Líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog, ofereceram suas condolências à família Neutra e prometeram trazer o corpo do soldado de volta, junto com outros reféns restantes.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também emitiu uma declaração elogiando Neutra e destacou sua dedicação em “construir a paz”.
Biden acrescentou na declaração que “não vai parar de trabalhar” para garantir a libertação de cidadãos americanos mantidos reféns pelo Hamas. Ele sairá da Presidência no dia 20 de janeiro.
Acredita-se que cerca de metade dos 101 reféns estrangeiros e israelenses ainda mantidos incomunicáveis em Gaza estejam vivos.
A campanha militar de Israel contra o Hamas matou mais de 44.400 palestinos e deslocou a maior parte da população, segundo autoridades de Gaza. Vastas áreas do território palestino estão em ruínas.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.