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    Exclusivo: Há expectativa de ouvir do governo brasileiro palavras claras sobre esse terrorismo, diz embaixador de Israel à CNN

    Em entrevista exclusiva, Daniel Zonshine disse ainda que é importante diferenciar o grupo radical islâmico Hamas do povo palestino: "Hamas quer destruir Israel, isso está na carta fundamental deles"

    Daniel RittnerLeonardo Rodriguesda CNN , Brasília e São Paulo

    O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, classificou como “um tipo de terrorismo” os ataques promovidos pelo grupo radical islâmico Hamas desde o último sábado (7) em Israel, e disse esperar do governo brasileiro uma posição clara sobre o ocorrido.

    “O Brasil tem uma responsabilidade além do papel bilateral, como atual presidente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse.

    O governo condenou os ataques, mas não citou o Hamas, que assumiu a autoria dos atos. São ao menos 1.000 mortos em Israel e 900 em Gaza desde o início do conflito.

    Mortos e reféns

    Para Zonshine, “a guerra foi uma iniciativa do Hamas contra civis israelenses”. “Mataram pessoas para matar pessoas”, lamentou.

    Além de mortos e feridos pelos ataques aéreos, o grupo ainda raptou civis no país e os fez de reféns.

    O embaixador afirmou que não é possível precisar, neste momento, o número de pessoas sequestradas.

    Hamas e a Palestina

    “É importante diferenciar o povo palestino do Hamas, que é uma organização terrorista e não o representa. O Hamas deseja destruir Israel, isso está escrito na carta fundamental deles”, diz o embaixador.

    Ele considera que, independente do apoio à causa da Palestina, que pede a suspensão da colonização de seu território e o fim do bloqueio israelense à Faixa de Gaza, “não há nenhuma possibilidade de que qualquer ideologia apoie esse tipo de organização”.

    Participação de outros grupos

    Nesta terça-feira (10), as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que foguetes foram lançados da Síria contra o território israelense. Em seguida, as tropas israelenses revidaram e dispararam projéteis de artilharia e morteiros contra o país.

    O embaixador avaliou que a preocupação é “mais com o Líbano e com o Hezbollah” do que com a participação síria.

    O Líbano e Israel são considerados Estados inimigos, mas uma trégua entre eles tem sido mantida em grande parte desde o último conflito, em 2006.

    Zonshine considera que, com o apoio do Irã, o grupo libanês Hezbollah poderá abrir uma “frente” contra Israel: “Se isso acontecer, Israel vai reagir de maneira clara e forte”.

    Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas

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