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    Exclusivo: Detetives de NY desvendam assassinato de menina de 13 anos após 20 anos

    Policiais da NYPD e membros do gabinete resolveram o crime usando DNA familiar, atingindo um marco histórico para a cidade, que nunca havia encerrado um caso usando a técnica

    da CNN

    Omar Soriano esperou 22 anos por boas notícias da polícia sobre o caso de sua prima mais nova, Minerliz, desde aquele dia de inverno de 1999, quando a garota de 13 anos nunca mais voltou da escola para casa.

    O corpo dela foi encontrado em uma lixeira no Bronx, em Nova York, dias depois do desaparecimento, levando a uma investigação exaustiva que esfriou, mas foi reiniciada quase quatro anos atrás.

    “Era uma ferida aberta”, disse Soriano, ao relembrar os anos que passou com sua prima mais nova, trançando o cabelo dela, brincando juntos, e as vezes em que a levou para a escola. “Minnie”, como era conhecida, era como uma irmã para ele.

    Soriano se emocionou na terça-feira (30), quando as autoridades municipais anunciaram que finalmente encontraram o assassino de Minerliz Soriano, identificando-o como um ex-morador do prédio onde ela morava. Policiais da NYPD e membros do gabinete do procurador distrital do Bronx disseram que resolveram o crime usando DNA familiar, atingindo um marco histórico para a cidade, que nunca havia encerrado um caso usando a técnica investigativa.

    “O caso reúne a ciência moderna e o trabalho investigativo tradicional, juntamente com a determinação de nunca desistir da justiça por uma menina inocente”, declarou o inspetor Neteis Gilbert em uma entrevista coletiva.

    Joseph Martinez, agora com 49 anos, foi indiciado na última terça-feira (30) em duas acusações de assassinato de segundo grau, depois que um grande júri avaliou a acusação no caso. Martinez se declarou inocente e está detido sem fiança até sua próxima audiência em março.

    “Ele não tem histórico criminal em seus 49 anos de vida”, disse Troy Smith, o advogado do acusado, nomeado pelo tribunal, à CNN. “É chocante, para dizer o mínimo, e ele mantém sua inocência”.

    Para os investigadores, manter o caso aberto foi o resultado de anos de trabalho. O Esquadrão de Homicídios do Bronx da NYPD começou a reexaminar o caso de Minerliz em fevereiro de 2018 e concedeu à CNN um raro acesso aos seus esforços, incluindo entrevistas exclusivas com detetives e testemunhas, revisão de partes do arquivo do caso e observação de evidências.

    O caso mostrou como a ciência e o trabalho à moda antiga de detetive podiam trazer justiça para a “doce garota” de 13 anos que escrevia poemas em seus diários sobre amor, arco-íris e estrelas.

    jornal assassinato menina NY
    Jornal de 1999 destaca morte da menina / CNN

    O uso do DNA familiar e o pai do suspeito

    O que aconteceu com Minerliz escapou aos detetives, tanto na ativa quanto aposentados. Ao longo dos anos, os investigadores da NYPD entrevistaram várias testemunhas, estudaram à exaustão centenas de pistas e até coletaram amostras de DNA de mais de uma dúzia de possíveis suspeitos antes que a correspondência de DNA familiar os levasse a Martinez, como contou o tenente da NYPD Sean O’Toole, oficial comandante do Esquadrão de Homicídios do Bronx.

    O estado de Nova York aprovou o uso de DNA familiar em 2017.

    A ferramenta investigativa permite que a polícia passe o DNA por um software avançado para ver ele corresponde a algum parente masculino no banco de dados de Nova York que tenha sido condenado por um crime ou contravenção.

    Ao comparar o DNA de uma amostra de sêmen retirada do moletom de Minerliz que ela estava usando na cena do crime, o estado foi capaz de fornecer à polícia um resultado de DNA familiar.

    Ele era compatível com o pai de Martinez, que estava no banco de dados de DNA do estado por causa de uma condenação anterior, de acordo com o subchefe Emanuel Katranakis, que lidera a Divisão de Investigação Forense da NYPD.

    As autoridades localizaram Martinez depois que os detetives coletaram legalmente uma amostra de DNA, resultando em uma correspondência direta com a amostra retirada das roupas de Minerliz.

    “Não há dúvidas que indivíduo depositou seu DNA na forma de sêmen na parte da frente do moletom da vítima”, contou.

    No início desta semana, o agora acusado Martinez, de New Rochelle, New York, um subúrbio de Nova York, reuniu-se voluntariamente com detetives de homicídios para discutir o caso. Segundo fontes, ele negou ter qualquer contato físico com a vítima.

    Martinez, ou “”Júpiter Joe” como ele se autodenomina online, tem um negócio informal de astronomia nas ruas. Ele oferece sessões de observação astronômica públicas e privadas e serviços de planejamento de festas.

    Vários meios de comunicação locais mostraram Martinez instalando seu telescópio em plataformas de metrô e trens, oferecendo aulas gratuitas para os nova-iorquinos. Suas contas de mídia social mostram que ele estava fazendo essas atividades até recentemente, em meados de novembro.

    Detetives assassinato menina ny
    Detetives analisam provas do caso / CNN

    “Apenas uma pessoa doce”

    Minerliz, uma aluna da sétima série que morava no Bronx, foi descrita por uma amiga como madura para sua idade, alguém que assumiu muitas responsabilidades familiares, como ajudar nas contas da família vendendo doces, lavar roupa e cuidar de sua irmã mais nova, Nadia.

    “Ela era muito alegre, simplesmente uma pessoa doce. Ela sempre quis ajudar os outros, principalmente com poesia. Era muito natural para ela”, lembrou sua colega Kimberly Ortiz.

    Ortiz disse que as duas se uniram através de um programa extracurricular da escola. Ela se lembra da última vez que viu Minerliz. Era 24 de fevereiro de 1999.

    Elas saíram da escola e Minerliz queria ir à biblioteca enquanto Ortiz precisava voltar para casa. Ela disse que Minerliz comentou que estava chateada com alguma coisa, mas não revelou mais e Ortiz disse que não a pressionou.

    “Eu repasso aquele momento na minha cabeça sempre. Eu me culpei por anos porque, talvez, se eu perguntasse, eu saberia o que ela estava fazendo… Fui a última pessoa que provavelmente a viu viva além de seu assassino”, contou Ortiz à CNN em 2018.

    Ortiz disse que Minerliz saiu naquela tarde e entrou em um ônibus de linha vestindo uma jaqueta vermelha e carregando sua mochila. Minerliz deveria encontrar sua irmã mais nova depois da escola, mas nunca o fez.

    Sua mãe ligou para o 911 naquela noite para relatar que sua filha não havia voltado da escola, de acordo com um relatório de pessoa desaparecida arquivado na NYPD.

    Uma força-tarefa foi formada

    Quatro dias depois, o corpo de Minerliz foi encontrado atrás de uma locadora de vídeo a três quilômetros de sua casa.

    “Era uma manhã de domingo e eu estava na igreja”, lembra o detetive aposentado Barney Ryan. “Recebi um bipe porque ainda tínhamos bipes naquela época. Tinha um cara que vasculhava as latas de lixo. Ele encontrou uma sacola pesada e a abriu”.

    Policiais do 45º Distrito de Cidade de Nova York foram chamados ao local. Uma rápida comparação com os registros de pessoas desaparecidas determinou que a vítima era Minerliz.

    De acordo com detalhes do processo disponibilizado à CNN, seu corpo foi achado amarrado com fita isolante verde e colocado em posição fetal dentro do saco de lixo preto.

    Ela estava totalmente vestida. A mochila e o casaco vermelho que ela usava quando vista pela última vez não estavam com seu corpo.

    O legista determinou que não havia sinais de agressão sexual, mas havia vestígios de sêmen em seu moletom.

    De acordo com detetives e a acusação, ela fora estrangulada.

    “Ela estava toda embrulhada em um pacote, como se alguém se importasse que ela estava morta”, lembrou o detetive aposentado Michael Lagiovane, que verificou o andamento do caso de Minerliz a cada ano, mesmo depois de entregar seu distintivo em 2001.

    Lagiovane fazia parte de uma força-tarefa formada pela NYPD em 1999, composta por dezenas de detetives do Bronx e de todo o departamento. A esperança era que a grande equipe ajudasse a resolver o caso rapidamente.

    As autoridades interrogaram familiares, vizinhos, colegas de classe e professores. Cartazes mostrando uma Minerliz sorridente e destacando uma recompensa robusta foram espalhados por toda a cidade.

    Ortiz disse que sua escola e seus colegas ficaram “nervosos” durante a busca pelo assassino.

    “Todo mundo estava preocupado. Eles não sabiam quem era e então era como se o assassino ainda estivesse por aí e essa pessoa provavelmente estivesse caçando crianças da nossa idade”, lembrou Ortiz.

    Os detetives enviaram amostras de DNA de debaixo das unhas de Minerliz, fibras de cabelo e suas roupas. Alguns itens de evidência foram até mesmo enviados para o laboratório do FBI em Quantico, Virgínia, mas nada voltou com uma correspondência conclusiva, de acordo com detalhes no arquivo do caso.

    Depois de uma investigação exaustiva por quase um ano e nenhuma pista forte, o caso foi arquivado.

    “Como legistas, os casos mais difíceis com que tratamos são os que envolvem crianças”, disse a ex-examinadora médica-chefe da cidade de Nova York, doutora Barbara Sampson, que estava na agência há apenas alguns meses quando cuidou do caso de Minerliz.

    “O que foi feito com ela é algo que me assombra há quase 20 anos”, afirmou Sampson à CNN em 2018. “Um homicídio, como este, sobre o qual

    não havia pistas realmente boas sobre quem o fez, é o tipo de caso mais preocupante para nós”.

    Um foco renovado

    O tenente O’Toole, do Esquadrão de Homicídios do Bronx, pediu ao detetive Malcolm Reiman para dar uma nova olhada no caso no início de 2018. O departamento esperava que um novo olhar ajudasse a encontrar uma solução.

    “Ao longo dos anos, estamos sempre trabalhando nisso, mesmo antes de Malcolm começar. Tínhamos outros detetives que estavam aqui, as pessoas se aposentavam e passavam para o próximo profissional”, relatou O’Toole, que se tornou comandante do Esquadrão de Homicídios do Bronx apenas três meses após a morte de Minerliz e ainda supervisiona a unidade.

    Reiman faz parte do prestigioso posto de detetives de primeiro grau da NYPD. Por trás dos óculos, ele tem um olhar determinado, é meticuloso e leva seus casos para o lado pessoal.

    Quando a CNN o procurou pela primeira vez, ele estava completando 31 anos no departamento. Reiman estava entusiasmado para olhar o caso de Minnie Soriano e, com sorte, encerrá-lo.

    Em fevereiro de 2018, ele desceu a escada em caracol do edifício histórico da cidade que abriga a unidade de homicídios conhecida como “Forte Apache”.

    Na prateleira de cima de um armário no porão, havia sete caixas de papelão: uma cápsula do tempo da investigação completa feita duas décadas antes e nos anos seguintes.

    “Eles realmente coletaram tudo”, Reiman comentou enquanto tossia com a poeira acumulada na tampa de papelão. “Temos coisas que nunca vi em um arquivo de caso de homicídio”.

    As caixas estavam cheias de negativos das fotos da cena do crime, um livro de poesia de Minerliz, centenas de notas de detetive e entrevistas, listas de inquilinos do prédio onde ela morava e os cartazes ao longo dos anos oferecendo recompensas por informações, entre outros objetos.

    Reiman prendeu um dos pôsteres acima de sua mesa.

    “Queremos olhar para ela. Queremos humanizá-la”, afirmou. “Lembrar de para quem estamos trabalhando”.

    Havia muito trabalho a fazer. Reiman começou procurando por antigas anotações de detetive em microfichas na unidade de registros do departamento na sede.

    Ele vasculhou os diários da menina, uma mistura de deveres de casa, poesia, notas de amor e sonhos.

    Ciência forense nova york
    Departamento de ciência forense da NYPD / CNN

    Reiman e seu parceiro no caso, o detetive Matt McCrosson, ligaram para ex-membros da NYPD que trabalharam na cena do crime e na busca pelo assassino no final dos anos 90.

    “Casos como esse ficam na cabeça”, Reiman observou.

    A dupla também percorreu as áreas em torno de onde Minerliz cursou o ensino fundamental, o beco onde ficava a lixeira e o complexo de apartamentos onde ela morava – reformado várias vezes desde a época do assassinato.

    Eles compararam fotos antigas da cena do crime com a aparência das áreas atualmente, fazendo anotações em seus blocos de notas de bolso.

    “Acho que é importante se colocar na mente do assassino. Se a gente conseguiu identificá-lo e falou com ele em algum momento, talvez consiga pensar à frente dele”, disse McCrosson.

    Os detetives entrevistaram novamente membros da família de Minerliz, ex-colegas de classe, moradores do complexo de apartamentos e amigos.

    “Não podemos trazê-la de volta, mas eu conheço a família dela todos nós queremos um encerramento para o caso. Todos queremos saber o que aconteceu com ela”, disse Ortiz, a colega de classe de Minerliz.

    “O caso tem solução”

    Depois de revisar todos os arquivos, os detetives voltaram a uma teoria de trabalho de que Minerliz provavelmente foi morta por alguém que ela conhecia ou era familiar para ela.

    “Aparentemente, a vítima costumava fazer uma ronda em todos os apartamentos de seu prédio, vendendo doces de porta em porta”, disse Reiman, vários detetives notados em 1999. “Ela batia na porta das pessoas e essas pessoas a viam sempre. E talvez alguém tenha tido um interesse doentio por ela”.

    Eles também reenviaram evidências para testes de DNA. Com o tempo, a tecnologia se tornou mais avançada e o banco de dados se expandiu, o que poderia levar a possíveis correspondências.

    Uma amostra retirada do moletom de Minerliz e dos sacos de lixo em que foi encontrada voltou sem correspondência direta com o banco de dados de DNA local, de acordo com Reiman.

    A próxima esperança da unidade de uma quebra no caso repousava em uma tecnologia recém-aprovada no estado de Nova York: o teste de DNA familiar.

    A técnica, embora às vezes controversa em relação à privacidade e às preocupações com disparidades raciais em potencial, estava ganhando força para solucionar crimes nos Estados Unidos.

    Uma prisão incrível aconteceu em 2010 por causa dessa técnica, quando se identificou o assassino em série apelidado de “Grim Sleeper” que matou várias mulheres em Los Angeles a partir de meados dos anos 80.

    Apesar de os legisladores de Nova York darem luz verde aos policiais para usar a ferramenta, os detetives ainda precisariam convencer o alto escalão do departamento de polícia e do gabinete do promotor antes de enviar ao estado um pedido de processamento de DNA familiar.

    “Usar o DNA familiar não é algo que podemos fazer facilmente em todos os casos”, afirmou o promotor distrital do Bronx, Darcel Clark, na entrevista coletiva. “Há muitas restrições. E é um sistema muito protegido, e com razão, por causa dos direitos dos indivíduos que podem estar envolvidos”. O pedido vai para a Divisão de Serviços de Justiça Criminal do Estado de Nova York e o Laboratório Criminal da Polícia Estadual, que garantem que ele atenda aos requisitos estritos do estado para aplicá-lo a um caso.

    O processo leva tempo e nem sempre gera uma vantagem no caso.

    Desde 2017, o estado aprovou 35 pedidos de testes de DNA familiar. Dos 25 casos testados até agora, apenas dez conseguiram resultados, de acordo com os últimos números.

    Reiman, sob a orientação de O’Toole, fez as solicitações adequadas aos superiores de departamento na esperança de que isso pudesse ser um avanço no caso, mas ele estava em um ponto de sua carreira em que não tinha anos de sobra, já que estava às vésperas de se aposentar.

    “Eu acho que este é o melhor trabalho do mundo”, disse Reiman em 30 de outubro de 2018, o dia de sua despedida na polícia, quando uma gaita de foles tocou do lado de fora da sede da delegacia do Bronx e membros da NYPD, incluindo autoridades, saudaram o veterano detetive.

    “É muito difícil deixar esse caso inacabado e vários outros casos também”, disse Reiman, cujo parceiro McCrosson também se aposentou desde então. “O caso tem solução”.

    Finalmente, um grande avanço

    Em junho de 2020, as autoridades estaduais ligaram para a divisão forense da NYPD com um nome ligado ao teste de DNA familiar, de acordo com o chefe Katranakis.

    “Senti que poderia levitar”, lembrou Katranakis sobre o momento do telefonema. “O número de meses, as centenas e milhares de horas que foram gastas para nos levar onde estávamos: esse foi o momento que fez a diferença, como se o caso fosse resolvido”.

    Mas conseguir um nome era apenas o começo do trabalho que ele teria que fazer.

    Ele montou uma equipe de investigadores que criaram uma árvore genealógica baseada no resultado do DNA familiar, positivo para o pai de Martinez. Katranakis disse que eles reduziram o caso a cinco parentes dele, como pessoas que poderiam estar ligadas ao caso de Minerliz.

    Em seguida, os detetives trabalharam para determinar quem desses homens poderia ter possivelmente cometido o crime, trabalhando por meio de um “processo de trama de exclusão”.

    “Nós olhamos para a localização de onde residiam. Procuramos ver se eles estavam nos Estados Unidos na época em que o crime foi cometido. Nós olhamos para suas compleições físicas”, disse Katranakis.

    A equipe acabou restringindo sua busca a três pessoas, uma delas sendo Martinez.

    Quando examinaram novamente as evidências, os detetives disseram ter visto o nome de Martinez na lista de inquilinos de 1999 do prédio onde Minerliz morava com sua família.

    Katranakis disse que coletou legalmente a amostra de DNA de Martinez e comparou com o sêmen deixado no moletom de Minerliz e essa comparação foi uma correspondência direta com Martinez.

    O’Toole disse que ainda mais evidências levaram os detetives a acreditar que a menina pode ter conhecido o astrônomo amador.

    Nos diários de Minerliz, há uma longa lista de sites de astronomia que ela gostava de visitar, e O’Toole disse que disse a seus amigos que queria ser astronauta.

    “As estrelas e tudo o que a interessava também interessavam o nosso suspeito, e está na internet, andando por aí falando sobre isso”, disse O’Toole.

    Reiman disse que Martinez estava em uma pequena lista de ex-inquilinos com quem ele queria falar quando estava trabalhando no caso, principalmente depois que os detetives entrevistaram Martinez durante uma triagem de rotina no prédio em março de 1999.

    Anotações de casos antigos mostravam que Martinez vira Minerliz “no saguão recebendo correspondência e se lembra dela vendendo doces…”

    A acusação de segunda-feira (29) foi uma garantia para Reiman de que ele estava “indo na direção certa”.

    O documento do tribunal detalha as duas acusações de assassinato contra Martinez, também conhecido como “Júpiter Joe”, alegando que ele causou a morte de Minerliz intencionalmente “comprimindo seu pescoço” e que ele cometeu ou tentou cometer abuso sexual – e no curso desse crime – a matou.

    O’Toole disse que um dos aspectos mais importantes da prisão de Martinez é a demonstração de que a tecnologia funciona. Ele disse que tem três casos em que gostaria de usar o teste de DNA familiar para obter uma “resolução” para as famílias das vítimas.

    O primo da vítima, Omar Soriano, disse que foi o primeiro passo para conseguir justiça para a menina, mas enfatizou: “Ainda não terminamos”.

    Reiman chamou a prisão de “um tremendo alívio”.

    “Espero que ela esteja sorrindo para nós. Espero que ela veja todas as pessoas que se importam e que saiba que não foi esquecida”.

    Minnie deixou um legado duradouro para as pessoas que a amavam em seus diários, onde seus poemas como aquele intitulado “Arco-íris” são uma lembrança pungente de um futuro brilhante nunca realizado.

    “Eu espalhei minhas cores

    laranja, rosa e azul

    caídas do céu

    para olhar para baixo para você.”

    *Com colaboração de Brian Vitagliano, da CNN

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