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    Ex-primeira-dama da Argentina amplia denúncia contra Alberto Fernández

    As advogadas de Yáñez solicitaram que o caso seja enquadrado como crimes de lesões graves, duplamente qualificadas pelo vínculo e perpetradas no contexto de violência de gênero, com abuso de poder e de autoridade, confirmou uma fonte com acesso ao caso à CNN.

    Betiana Fernández Martinoda CNN

    Nesta terça-feira (13), a ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yáñez, apresentou um documento à Justiça ampliando a denúncia por violência de gênero contra o ex-presidente Alberto Fernández.

    As advogadas de Yáñez solicitaram que o caso seja enquadrado como crimes de lesões graves, duplamente qualificadas pelo vínculo e perpetradas no contexto de violência de gênero, com abuso de poder e de autoridade, confirmou uma fonte com acesso ao caso à CNN.

    Do documento, constata-se que Yáñez afirmou ter “sequelas de danos psicológicos, que a impediram de exercer suas funções e levar uma vida normal por mais de 30 dias”, em decorrência da violência supostamente exercida por Fernández, e que o “assédio e o abuso psicológico” ocorreram antes da convivência.

    Alberto Fernández declarou ter tido “discussões intensas” com Fabiola Yáñez, mas nega violência física. E acrescentou: “Estou sendo acusado de algo que não fiz. Não agredi Fabiola. Nunca agredi uma mulher.”

    Na apresentação, Fabiola Yáñez afirma ter realizado um aborto durante seu relacionamento com o ex-presidente e menciona “violência reprodutiva”.

    A CNN consultou as advogadas da denunciante e de Fernández para obter suas reações sobre o documento, mas não obteve resposta. Em conversas anteriores, Gallego, representante legal de Yáñez, havia explicado que não faria comentários no momento.

    Até agora, Alberto Fernández negou as acusações contra ele, tanto por meio de um comunicado em sua conta no X quanto em uma entrevista concedida ao jornal espanhol El País, na qual afirma que apresentará provas de sua inocência à Justiça.

    Fotos da ex-primeira-dama Fabiola Yáñez com hematomas foram divulgadas.

    Por sua vez, Yáñez evitou dar detalhes sobre as informações do processo em uma entrevista exclusiva ao jornal Infobae, publicada no sábado (10), explicando que tais informações fazem parte do “segredo de justiça”.

    A ex-primeira-dama também apontou diversas pessoas do círculo de Alberto Fernández, incluindo a então ministra de Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina, Ayelén Mazzina, a quem acusou de saber dos episódios de violência e de “não ter feito nada”.

    A ex-funcionária deu sua versão na rede social X e afirmou que “nunca” esteve ciente da situação de violência denunciada pela ex-primeira-dama. “Me colocarei à disposição da Justiça, que é quem deve investigar, porque não posso permitir uma falsidade sobre o que aconteceu nem que se banalize a violência de gênero”, acrescentou.

    Fabiola Yáñez compareceu nesta terça-feira (13) ao Consulado argentino em Madri, onde reside, para prestar seu testemunho por videoconferência perante a Justiça.

    Em Buenos Aires, a advogada de Alberto Fernández afirmou aos meios de comunicação nos Tribunais de Comodoro Py que a declaração de hoje “não é válida” e explicou que a Justiça não permitiu que o ex-presidente nem sua defesa assistissem à declaração da ex-primeira-dama.

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