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    Corte dos EUA condena ex-presidente de Honduras a 45 anos de prisão em caso sobre drogas

    Juan Orlando Hernandez foi extraditado do país depois que o Departamento de Justiça dos EUA apresentou três acusações contra ele em 2022

    Jack GuyMaria Santanada CNN

    O ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernandez, foi condenado a 45 anos de prisão e a uma multa de 8 milhões de dólares por um juiz dos Estados Unidos por crimes de tráfico de drogas.

    Hernandez negou as acusações contra ele e, na sentença desta quarta-feira (26), insistiu que é inocente e foi “acusado errada e injustamente”.

    Em março, um júri em Nova York considerou o ex-presidente culpado de três acusações de tráfico de drogas, após um julgamento de duas semanas no tribunal federal de Manhattan.

    O político foi extraditado de Honduras depois que o Departamento de Justiça dos EUA apresentou três acusações relacionadas a tráfico de drogas e armas de fogo contra ele em 2022.

    Os promotores acusaram Hernández, 55 anos, de conspirar com cartéis de drogas durante seu mandato, enquanto eles transportavam mais de 400 toneladas de cocaína através de Honduras em direção aos Estados Unidos.

    Em troca, disseram os promotores, Hernández recebeu milhões de dólares em subornos que usou para alimentar sua ascensão na política hondurenha.

    Presidência de Honduras

    Hernández foi presidente de Honduras de 2014 a 2022. Durante seus anos no cargo, ele “protegeu e enriqueceu os traficantes de drogas de seu círculo íntimo”, disse o Departamento de Justiça dos EUA.

    O departamento também citou que o político usou do poder executivo para apoiar extradições para os EUA de certos traficantes de droga “que ameaçaram o seu controle do poder”.

    Os promotores também disseram que os membros da conspiração da qual Hernández participou dependiam da Polícia Nacional de Honduras para proteger os carregamentos de cocaína enquanto se deslocavam pelo país.

    Em um comunicado, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, disse que Hernández “abusou da sua posição como presidente das Honduras para operar o país como um narco-estado onde traficantes de droga violentos foram autorizados a operar com impunidade virtual, e o povo das Honduras e dos Estados Unidos foi forçado a sofrer as consequências.”

    Ana Melgar e David Shortell da CNN contribuíram para este relatório.

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