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    Ex-braço político do IRA, Sinn Féin vence eleição na Irlanda do Norte

    Sinn Féin defende debate sobre Irlanda unida após vitória eleitoral histórica

    Amanda Fergusonda Reuters

    O Sinn Féin, ex-braço político do IRA, comemorou sua primeira vitória eleitoral na história da Irlanda do Norte como um “momento decisivo” para a região britânica, e pediu um debate sobre a criação de uma Irlanda unida.

    O Sinn Féin recebeu 29% dos votos de primeira preferência, contra 21,3% do Partido Unionista Democrata (DUP), pró-Reino Unido, segundo os resultados oficiais. Embora a contagem final de assentos não tenha sido declarada, os analistas dizem que ninguém conseguirá alcançar Sinn Féin.

    “Hoje representa um momento muito significativo de mudança. É um momento decisivo em nossa política e para nosso povo”, afirmou a líder do partido na região, Michelle O’Neill.

    Ela disse que agora deve haver um “debate honesto” sobre o objetivo do partido de unificar o território com a República da Irlanda.

    Questionada por um jornalista se espera se tornar a primeira-ministra nacionalista irlandesa da região, ela disse: “O povo falou”.

    A vitória do Sinn Féin não mudará o status da região porque o referendo exigido para deixar o Reino Unido precisa ser convocado a critério do governo britânico, e provavelmente está a anos de distância.

    Mas as implicações simbólicas da preeminência nacionalista irlandesa são enormes, encerrando um século de domínio de partidos pró-Reino Unido, apoiados predominantemente pela população protestante da região.

    07.mai.2022 – A vice-presidente do Sinn Féin, Michelle O’Neill (à esquerda) com a presidente Mary Lou McDonald / PA Images via Getty Images

    A eleição acompanha tendências demográficas que há muito tempo indicam que partidos protestantes pró-britânicos seriam eclipsados pelos partidos predominantemente nacionalistas e irlandeses-católicos que favorecem unir o norte com a República da Irlanda.

    Embora o maior partido tenha o direito de apresentar um candidato a primeiro-ministro do governo em que o compartilhamento de poder é compulsório, discordâncias com o DUP significam que uma indicação está a meses de distância.

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