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    Europa teme segunda onda de Covid-19 após protestos

    Antes dos protestos recentes, cientistas acreditavam em uma segunda onda só depois do verão, mas as aglomerações podem afetar esta tendência positiva

    Francesco Guarascio , da Reuters

    A Europa pode enfrentar uma disparada de infecções por Covid-19 nas próximas semanas devido aos protestos ocorridos no continente nos últimos dias, disseram autoridades e especialistas da União Europeia nesta quinta-feira (11).

    Dezenas de milhares de manifestantes se reuniram em grandes cidades europeias em dias recentes para protestar contra o racismo após o assassinato do negro norte-americano George Floyd sob custódia da polícia.

    “Se você aconselha todos a ficarem a um metro e meio uns dos outros e no final todo mundo fica perto dos outros, se abraçando, então não tenho um bom pressentimento disso”, disse Jozef Kesecioglu, que preside a Sociedade Europeia de Medicina de Tratamento Intensivo, em uma conferência.

    Indagado se pode haver um aumento de infecções na próxima quinzena, ele respondeu: “Sim, mas espero estar errado”.

    A maioria das 27 nações do bloco já passou pelo pico da epidemia e está reabrindo negócios e fronteiras gradualmente, uma vez que a doença recuou nas últimas semanas.

    Antes dos protestos recentes, cientistas acreditavam em uma segunda onda só depois do verão, mas as aglomerações podem afetar esta tendência positiva.

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    “Como em qualquer doença respiratória infecciosa, eventos em massa podem ser uma grande rota de transmissão”, disse Martin Seychell, autoridade de saúde da Comissão Europeia, quando questionado sobre a possibilidade de uma segunda onda precoce desencadeada pelas manifestações.

    O vírus ainda está circulando, mas em índices menores do que há algumas semanas atrás, explicou.

    A probabilidade e o tamanho de uma segunda onda dependeriam da manutenção eficiente das medidas de distanciamento social e de outros fatores, muitos dos quais ainda são desconhecidos, disse ele.

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