Europa tem escalada de violência contra medidas restritivas neste fim de semana
Manifestantes iniciaram incêndios, agrediram motoristas e jogaram pedras e fogos de artifício contra policiais, disseram as autoridades


Atos de violência marcam os protestos em países europeus neste fim de semana por conta das novas restrições impostas depois do aumento dos casos de Covid-19 no continente.
Os tumultos estouraram em Haia, nos Países Baixos, no sábado por causa das novas medidas do governo holandês contra o coronavírus do governo holandês.
A Holanda voltou a entrar em bloqueio parcial que deve durar três semanas a partir do sábado passado (13) e agora planeja proibir a entrada de pessoas não vacinadas em alguns locais.
Cinco policiais ficaram feridos durante os confrontos em Haia, um deles levado ao hospital sofrendo concussão e dois sofrendo danos auditivos devido a fogos de artifício, disse a polícia em um comunicado.
“O grupo iniciou incêndios, cometeu destruição, agrediu motoristas e jogou pedras e fogos de artifício pesados contra policiais”, disse a polícia, confirmando que 19 prisões foram feitas.
Eles acrescentaram que um manifestante atirou uma pedra pela janela de uma ambulância que transportava um paciente para um hospital.
Milhares de manifestantes participaram de uma passeata pacífica na capital, Amsterdã, no sábado.
A emissora pública holandesa NOS também relatou tumultos na cidade de Urk e em cidades no sul da província de Limburg. Os protestos ocorreram após violentos confrontos na noite de sexta-feira (19) na cidade portuária de Rotterdam, durante os quais a polícia foi forçada a disparar para dispersar a multidão, e 51 pessoas foram presas.
Em outros lugares, cerca de 40 mil pessoas no sábado lotaram as ruas de Viena no maior protesto do país relacionado ao coronavírus até hoje.
A polícia tentou diminuir o protesto e quando o “clima estava prestes a piorar”, eles pararam de multar aqueles que não usavam máscaras, disse Franz Eigner, vice-presidente da polícia de Viena, durante uma coletiva de imprensa no domingo.
Alguns policiais tinham “um líquido não identificado” pulverizado sobre eles. Os manifestantes tentavam cegar um helicóptero com um laser, disse Eigner.
Um pequeno número de manifestantes era “extremamente violento”, disse o ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, durante a entrevista coletiva, que ele associou à “cena extremista de direita”.
A Áustria irá reintroduzir um bloqueio parcial nacional na segunda-feira (22) e tornar as vacinações contra o coronavírus obrigatórias a partir de fevereiro do próximo ano.
Mais de 1.400 policiais foram mobilizados em todo o país para manter a ordem pública, de acordo com um comunicado da polícia. O spray de pimenta foi usado em um protesto “acalorado” no centro de Viena, acrescentou o comunicado da polícia.
A França enviou dezenas de policiais de elite e oficiais de contraterrorismo para sua ilha caribenha de Guadalupe no sábado (20), após saques e incêndios criminosos durante a noite, desafiando o toque de recolher noturno.
O prefeito da ilha apresentou na sexta-feira a ordem de permanência em casa depois que os protestos contra a aprovação da vacina se transformaram em violência na noite anterior. O Ministério do Interior disse que 31 pessoas foram presas.
Cerca de 15 mil pessoas protestaram no sábado em Zagreb, na Croácia, contra as medidas do governo contra o coronavírus. A partir de segunda-feira, apenas pessoas com passaportes da Covid-19 poderão entrar em prédios públicos e governamentais na Croácia.
35 mil em Bruxelas
Cerca de 35 mil pessoas foram às ruas em Bruxelas, capital da Bélgica, neste domingo para protestar contra as restrições impostas pelo governo na luta contra a pandemia Covid-19, informou a polícia.
Houve alguns confrontos entre manifestantes e policiais, com manifestantes jogando bombas de fumaça e fogos de artifício, informou o jornal Le Soir.
A situação se normalizou mais tarde, disse a polícia.
A Bélgica apertou suas restrições ao coronavírus na quarta-feira (17), exigindo um uso mais amplo de máscaras e obrigando o trabalho de casa, conforme os casos aumentaram na quarta onda de Covid-19 do país.
Com informações de Sabine Siebold, da Reuters
(Texto traduzido. Leia o original aqui.)