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    Europa acelera envio de armas à Ucrânia, diz autoridade

    Chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton, afirmou que devem ser fornecidos um milhão de armas de alto calibre nos próximos 12 meses; aliados discutem ainda a adesão do país à Otan 

    Da CNN

    A União Europeia está acelerando a entrega de armas à Ucrânia em apoio à contraofensiva do país contra as forças russas, disse o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, neste domingo (18), em entrevista ao jornal francês Le Parisien.

    “Vamos intensificar nossos esforços para entregar armas e munições, esta é uma guerra de alta intensidade na qual elas desempenham um papel crucial”, disse Breton, citando uma promessa de fornecer um milhão de armas de alto calibre nos próximos 12 meses.

    “Estamos nos preparando para que a guerra dure mais alguns meses, ou até mais”, acrescentou.

    A Ucrânia lançou uma contraofensiva no início deste mês para retomar o território das forças russas, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na última quinta-feira (15), pediu aos aliados de Kiev que se empenhassem em fornecer mais armas e munição.

    Adesão à Otan

    No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, jogou uma ducha de água fria sobre as pretensões da Ucrânia de adesão à Otan de forma mais rápida, por meio de atalhos e fugindo do rito comum necessário à aprovação de uma nação à aliança militar. Questionado se ele diminuiria as barreiras, ele disse categoricamente “não”. “Porque eles precisam atender aos mesmos padrões. Portanto, não vou facilitar”.

    O discurso se coloca em oposição ao de alguns países da Europa. Na sexta-feira (16) o ministro de Defesa da Alemanha, Boris Pistorius também afirmou que os aliados da Otan podem estar prontos para remover alguns obstáculos no caminho da Ucrânia para a aliança militar. “Há sinais crescentes de que todos serão capazes de concordar com isso”.

    Acordo de paz

    Enquanto as potências da Otan seguem no apoio à Ucrânia, outras nações seguem tentando costurar um acordo de paz. Os líderes de seis países africanos chegaram à cidade russa de São Petersburgo com essa finalidade no último sábado (17). Os presidentes da África do Sul, Zâmbia, Comores, Congo (Brazzaville), Egito, Senegal e Uganda se reuniram com o presidente russo, Vladimir Putin. Eles deu as boas-vindas no Palácio Konstantinovsky do século 18, na costa sul do Golfo da Finlândia, mas não houve avanços.

    O grupo havia se reunido na sexta-feira (16) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Ucrânia.

    Rejeitando seus esforços para trazer Kiev à mesa de negociações imediatamente, Zelensky descartou qualquer negociação de paz com a Rússia até que as tropas de Moscou se retirem do território de seu país.

    (Publicado por Fábio Mendes, com informações da CNN e Reuters)

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