EUA vivem “tempestade perfeita” para protestos, diz CEO do Instituto Luiz Gama
Para Almeida, George Floyd foi o estopim de uma insatisfação generalizada de um povo que sente na pele as contradições da história americana
Com o sétimo dia de protestos contra a violência policial nos Estados Unidos, Silvio Almeida, CEO do instituto Luiz Gama e PHD em filosofia e teoria geral do direito pela Universidade de São Paulo, vê o momento como uma “tempestade perfeita” para a eclosão de um movimento pela igualdade racial.
“Todas as variáveis que poderiam resultar nesse conflito aconteceram: crise econômica, crise política e uma pandemia mundial. As pessoas neste momento se encontram com medo do futuro, seja do ponto de vista econômico, da saúde ou mesmo na visão existencial.”
Para Almeida, George Floyd foi o estopim de uma insatisfação generalizada de um povo que sente na pele as contradições da história americana.
Outro ponto ele vê como agravante para a situação é Donald Trump, que em sua leitura se elegeu indo contra aquilo que os manifestantes defendem no momento.
“O presidente não tem a menor condição de entender e responder aos anseios dos manifestantes. Ele se elegeu de maneira contrária a tudo aquilo que os manifestantes acham essencial neste momento.”
(Edição: Diego Freire)
