EUA tentam mais uma vez extradição de Julian Assange
Fundador do WikiLeaks é acusado pelo governo do país de ter colocado a vida de militares em perigo com vazamentos de documentos
Os Estados Unidos entraram com mais um pedido de extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Desta vez, a Justiça norte-americana concordou que o jornalista cumpra pena onde os britânicos determinarem.
Ele voltou ao banco dos réus em Londres nesta quarta-feira (27). Assange não compareceu na primeira parte da audiência, porque, segundo os advogados, a saúde mental dele não permitiu. No entanto, na parte da tarde ele acompanhou o processo por videoconferência.
O governo dos Estados Unidos entrou com um processo contra o jornalista porque o WikiLeaks publicou uma série de documentos e vídeos, em 2010 e 2011, a respeito da operação militar do país no Afeganistão e no Iraque. O material revelou que os militares norte-americanos mataram centenas de civis no primeiro país – mortes que não foram oficialmente registradas.
Já no território iraquiano, de acordo com os documentos, os Estados Unidos seriam os responsáveis pela morte de 66 mil civis, além de terem torturado prisioneiros.
Segundo o governo norte-americaterno, Assange conspirou para conseguir o material e a publicação colocou em risco a vida de militares do país.
Os advogados do fundador do WikiLeaks dizem que o processo é político, além de colocar em risco a liberdade de imprensa.