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    EUA têm medo de perder lugar para China na América Latina, diz professor

    Especialista em Relações Internacionais, Leonardo Trevisan falou sobre as expectativas para o encontro entre Biden e Bolsonaro na Cúpula das Américas

    Ludmila CandalNathallia Fonsecada CNN

    De acordo com o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, a atenção que os Estados Unidos têm dedicado à Cúpula das Américas e às relações coma a América Latina são reflexo da tensão entre o país norte-americano e a China. Em entrevista à CNN, o especialista explica que “os empresários americanos estão muito preocupados que os EUA estejam perdendo seu lugar”.

    “A China está com uma atenção absoluta na América Latina. Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Chile. O maior parceiro comercial de todos esses países é a China e não os EUA”, disse o professor. “Outro ponto é que investimentos da China na América Latina são brutais”, pontuou.

    Trevisan ainda comentou expectativas para o encontro entre o presidente Joe Biden e o brasileiro Jair Bolsonaro, que ocorrerá nesta quinta-feira (9), durante a Cúpula. “Será um encontro tenso tanto para Biden quanto para Bolsonaro”, prevê. O professor acredita que assuntos espinhosos para o Brasil, como a crise climática, não serão poupados.

    “Biden precisava de Bolsonaro para não esvaziar a cúpula. Por outro lado, ele precisa também dar uma satisfação à ala progressista, que é muito preocupada com as questões ambientais. É um interesse de Biden fazer um aceno aos progressistas de que ele foi dura ao defender as pautas ambientais, que ele foi duro com Bolsonaro”, disse o professor.

    Trevisan também reforça que outro ponto de tensão para o líder brasileiro deve ser o fato de que a convenção ocorre no momento em que duas pessoas estão desaparecidas no Amazonas, o jornalista inglês Dom Philips e o indigenista brasileiro Bruno Ferreira.