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    EUA rejeitam pedido de prisão contra Benjamin Netanyahu, diz Blinken

    Secretário de Estado dos EUA questiona “a legitimidade e credibilidade da investigação” do Tribunal Penal Internacional sobre o conflito na Faixa de Gaza

    Kylie Atwood

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o país “rejeita fundamentalmente” o anúncio desta segunda-feira (20) do promotor do TPI, Karim Khan, de que está solicitando mandados de prisão para altos funcionários israelenses “juntamente com” os líderes do Hamas, dizendo que isso “poderia comprometer” os esforços em curso para alcançar um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas.

    “Rejeitamos a equivalência de Israel com o Hamas feita pelo promotor. É vergonhoso. O Hamas é uma organização terrorista brutal que realizou o pior massacre de judeus desde o Holocausto e ainda mantém dezenas de pessoas inocentes como reféns, incluindo americanos”, disse Blinken em comunicado.

    “Fundamentalmente, esta decisão não ajuda em nada e pode comprometer os esforços em curso para chegar a um acordo de cessar-fogo que retire os reféns e aumente a assistência humanitária, que são os objetivos que os Estados Unidos continuam a ir atrás incansavelmente”, acrescentou.

    O secretário americano também disse que os EUA estão preocupados com o que chamou de “questões processuais preocupantes” que levaram o pedido do promotor do TPI de mandados de prisão contra os principais líderes israelenses.

    Blinken disse que o promotor do tribunal, Karim Khan, estava programado para visitar Israel “já na próxima semana” para discutir a investigação e ouvir o governo israelense e que a equipe de Khan deveria viajar a Israel nesta segunda-feira (20) para coordenar a viagem.

    “Israel foi informado de que não embarcou no voo ao mesmo tempo que o procurador foi à televisão anunciar as acusações”, disse Blinken, referindo-se à entrevista exclusiva de Christiane Amanpour da CNN com Khan, na qual ele anunciou que estava a pedir as acusações.

    “Estas e outras circunstâncias colocam em causa a legitimidade e credibilidade desta investigação”, disse Blinken, acrescentando que os EUA também acreditam que “o TPI não tem jurisdição sobre este assunto”.

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