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    EUA incluem mulheres em moedas; atriz asiático-americana estampará 25 centavos

    Primeira a ser homenageada pela Casa da Moeda do país foi a escritora Maya Angelou; novo lote de moedas com novas mulheres será lançado no próximo ano

    Rafaela Larada CNN

    em São Paulo

    A Casa da Moeda dos Estados Unidos lançou em 2022 o projeto “American Women Quarters”, que colocou mulheres estampadas nas moedas do país. O programa, iniciado neste ano, vai até 2025 e estampará cinco mulheres por ano em moedas de 25 centavos de dólar. A primeira mulher a ser homenageada foi a escritora Maya Angelou em janeiro deste ano.

    As moedas em circulação, no entanto, são limitadas – e colecionadores podem encomendá-las. Além de Maya, que foi autora de mais de 30 best-sellers, artista e ativista homenageada pela Casa Branca, a Casa da Moeda norte-americana escolheu a primeira mulher a ir ao espaço, a física e astronauta Dr. Sally Ride, para ilustrar os 25 centavos de dólar. Maya morreu em 2014, e Dr. Sally em 2012.

    A primeira mulher a se eleger chefe dos Cherokee em 1987, Wilma Mankiller, é a terceira homenageada pelo programa. Além do pioneirismo ao liderar a Nação Cherokee, a liderança de Mankiller em questões sociais e financeiras fez de sua tribo um modelo nacional.

    Após ser reeleita e deixar o cargo ao fim do mandato, em 1995, ela permaneceu uma voz forte em questões sobre justiça social, povos nativos dos EUA e mulheres. Em 1998, ela recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria concedida a civis nos Estados Unidos. Wilma morreu em 2010.

    Nina Otero-Warren, morta em 1965, foi a líder do sufrágio no Novo México e a primeira mulher a chefiar as escolas públicas de Santa Fé – ela é a quarta homenageada do “American Women Quarters”. Neste ano, a última mulher a ser homenageada no programa do governo é a atriz asiático-americana Anna May Wong.

    Wong foi a primeira estrela americana de origem asiática e gravou mais de 60 filmes. Ela enfrentou o preconceito da indústria de Hollywood e também atuou na Europa, gravando em inglês, alemão e francês, além de ter produções filmadas em Londres e Nova York. No design da moeda, a atriz aparece com a mão sob o queixo.

    Ela morreu em fevereiro de 1961 e entrou para a história do cinema americano, se tornou um ícone fashion e, até os dias de hoje, é lembrada como um exemplo e inspiração para novos atores.

    A escritora Maya Angelou
    A escritora Maya Angelou / Foto: Riccardo S. Savi/Wire Image/Getty Image

    Mulheres que serão homenageadas em 2023

    A Casa da Moeda dos EUA já decidiu quais serão as homenageadas no próximo ano. Bessie Coleman, que foi a primeira afro-americana a se tornar piloto no país será a primeira homenageada de 2023. A compositora havaiana Edith Kanaka’ole será a segunda mulher de 2023 a ser estampada nas moedas de centavos de dólar.

    Eleanor Roosevelt, ex-primeira-dama, autora e defensora dos direitos civis, será a terceira homenageada, segundo a Casa da Moeda. A jornalista, professora e sufragista, Jovita Idar, também estará estampada nos “quarters”.

    A última homenageada do ano que vem será a bailarina americana, Maria Tallchief.

    Escolha do design das moedas

    O anverso (parte frontal) de cada moeda do “American Women Quarters” apresenta um retrato de George Washington, originalmente composto e esculpido por Laura Gardin Fraser.

    Foi o projeto recomendado para as moedas de 25 centavos de dólar de 1932 para marcar o 200º aniversário de Washington. O então secretário do Tesouro selecionou o projeto proposto por John Flanagan, conhecido designer de moedas.

    Laura Gardin Fraser foi uma das escultoras e designer de moedas mais prolíficas do início do século XX. Ela projetou o Alabama Centennial Half Dollar em 1921, tornando-se a primeira mulher a projetar uma moeda dos EUA.

    A Casa da Moeda escolheu Emily Damstra para a elaboração do projeto com o rosto de Anna May Wong, a mesma que modelou Maya Angelou no chamado “quarter” de dólar.