EUA e Ucrânia concordaram em se reunir “em breve”, diz assessor de Zelensky
Declaração aconteceu nesta quarta-feira (5), após uma ligação com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA


Autoridades da Ucrânia e dos Estados Unidos concordaram em se reunir “em um futuro próximo”, segundo Andriy Yermak, o principal assessor do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A declaração aconteceu nesta quarta-feira (5) após uma ligação com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz.
Yermak, que é chefe de gabinete de Zelensky, disse que ele e Waltz “discutiram mais pontos em direção a uma paz justa e duradoura”.
“Também trocamos opiniões sobre questões de segurança e a coordenação de posições dentro da estrutura das relações bilaterais entre a Ucrânia e os Estados Unidos”, acrescentou Yermak, pontuando que as equipes dos dois países concordaram em se reunir “em um futuro próximo para continuar este trabalho importante”.
Zelensky confirmou que Kiev e Washington estão “trabalhando para uma reunião” após a ligação entre Yermak e Waltz e que ele espera “ver os primeiros resultados na próxima semana”.
“Todos podem ver o quão rápido os eventos diplomáticos estão se desenvolvendo”, afirmou Zelensky. “Há um progresso positivo”.
Mais cedo nesta quarta-feira (5), a administração de Trump suspendeu apoio de Inteligência dos EUA à Ucrânia.
Questionado sobre o compartilhamento de inteligência com Kiev, Waltz disse à CBS News que a administração está “pausando, avaliando, olhando para tudo”.
Zelensky e Trump tiveram uma reunião tensa na Casa Branca na última sexta-feira (28).
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
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