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    EUA e aliados fazem apelo para que Taiwan participe de reunião da OMS

    China é contra a participação de ilha, que tenta ser independente e participar de eventos internacionais

    Bandeira de Taiwan em Palácio Presidencial
    Bandeira de Taiwan em Palácio Presidencial 10/10/2023 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

    Ben Blanchardda Reuters

    Taipé

    Os Estados Unidos e vários aliados, incluindo Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha e Japão, emitiram uma declaração conjunta nesta sexta-feira (24) pedindo que Taiwan tenha permissão para participar de uma reunião importante da Organização Mundial da Saúde na próxima semana.

    Taiwan é excluída da maioria das organizações internacionais devido às objeções da China, que considera a ilha democraticamente governada como seu território.

    Taiwan participou da Assembleia Mundial da Saúde da OMS como observador de 2009 a 2016 sob a administração do então presidente Ma Ying-jeou, que assinou acordos comerciais e de turismo importantes com a China.

    Contudo, Pequim começou a bloquear a participação de Taiwan em 2017, depois que a ex-presidente Tsai Ing-wen assumiu o cargo, por sua recusa em concordar com a posição da China de que tanto a China quanto Taiwan fazem parte de “uma só China”.

    “Em meio à aproximação da 77ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde deste ano em Genebra, Taiwan continua amplamente excluída do sistema de saúde internacional do mundo”, disse a declaração conjunta emitida pelas embaixadas dos Estados Unidos e outros aliados em Taipé.

    “Convidar Taiwan como observador seria o melhor exemplo do compromisso da OMS com uma abordagem inclusiva e de ‘saúde para todos’ para a cooperação internacional em saúde”, afirmou a nota.

    “O isolamento de Taiwan da Assembleia Mundial da Saúde, o principal fórum de saúde global, é injustificado e prejudica a cooperação e a segurança da saúde pública global inclusiva, que o mundo exige.”

    Falando em Taipé, o ministro da Saúde de Taiwan, Chiu Tai-yuan, disse que uma delegação viajaria para Genebra para reuniões paralelas com países amigos.

    O Ministério das Relações Exteriores da China disse que, como o governo de Taiwan não aceita o princípio de “uma só China”, não há “base política” para sua participação no evento.

    O governo de Taiwan afirma que Pequim não tem o direito de falar ou representar Taiwan no cenário internacional.

    A China detesta o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, que assumiu o cargo na segunda-feira (20). Pequim o chama de “separatista” e, na quinta-feira (23), lançou dois dias de exercícios militares perto da ilha para expressar a raiva chinesa pelo discurso de posse.

    A OMS disse que a participação de Taiwan é uma questão a ser decidida pelos Estados-membros e que a organização “facilita o envolvimento de especialistas taiwaneses nas atividades técnicas da OMS”.