Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    EUA dizem que Israel pode ter violado lei internacional com armas americanas

    Entretanto, governo não afirma que Israel cometeu violação de fato

    Jennifer HanslerKylie Atwoodda CNN

    O governo de Joe Biden disse nesta sexta-feira (10) que é “razoável avaliar” que armas dos Estados Unidos foram usadas pelas forças israelenses na Faixa de Gaza de maneiras “inconsistentes” com o direito humanitário internacional.

    Entretanto, a administração federal não afirmou oficialmente que Israel violou, de fato, a lei internacional.

    O relatório elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA pontuou que investigações estão sendo feitas sobre potenciais violações do tipo, mas ressaltou que o país “não tem informações completas para verificar” se as armas americanas “foram especificamente utilizadas” em supostas violações do direito humanitário internacional.

    “Dada a natureza do conflito em Gaza, com o Hamas tentando se esconder atrás das populações e infraestruturas civis e as expor à ação militar israelense, assim como a falta de agentes do governo dos EUA em Gaza, é difícil avaliar ou chegar a conclusões sobre incidentes individuais”, pondera o documento.

    “No entanto, dada a dependência significativa de Israel em artigos de defesa fabricados nos EUA, é razoável avaliar que os artigos de defesa abrangidos pela NSM-20 têm sido utilizados pelas forças de segurança israelenses desde 7 de outubro em casos inconsistentes com as suas obrigações de DIH ou com as melhores práticas estabelecidas para mitigar danos civis”, avalia.

    O relatório, que cobre o período desde o início da guerra com o Hamas, em 7 de outubro de 2023, até ao final de abril deste ano, não concluiu que Israel tenha retido a ajuda humanitária a Gaza.

    Mas, embora o documento não considere que Israel violou nenhum dos termos do memorando, ele critica fortemente as consequências da campanha militar de Israel.

    As conclusões do texto marcam outro momento difícil nas relações EUA-Israel, na mesma semana em que o presidente Joe Biden ameaçou, em entrevista exclusiva à CNN, restringir o envio de algumas armas se Israel prosseguir com uma grande ofensiva em Rafah.

    O relatório não apontou ações que deveriam ser tomadas pelo governo israelense.

    O documento foi desclassificado (ou seja, retirado de sigilo) e enviado ao Capitólio na tarde desta sexta-feira.

    Tópicos