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    EUA: democratas devem ter minoria no Congresso, mas onda republicana não se concretiza

    Em disputa apertada, partido de Donald Trump deve retomar controle da Câmara dos Deputados; cenário no Senado ainda é incerto

    Mariana Janjácomoda CNN

    Em Nova York

    Os primeiros resultados das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos sugerem a confirmação da previsão de que o Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump, voltaria a ser maioria no Congresso –mas com uma vitória muito menos esmagadora que o esperado. Democratas mostraram força nas urnas, com disputas acirradas tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

    Na Câmara, o triunfo republicano é mais garantido, apesar de menor que o previsto. Tradicionalmente é assim: o partido da oposição ao governo tende a ganhar assentos na Câmara nas eleições de meio de mandato. Ao todo, são 435 vagas: para ter a maioria, um partido precisa conquistar pelo menos 218 delas.

    Em 2022, os baixos índices de aprovação do governo de Joe Biden (apenas 39%, segundo a última pesquisa Reuters/Ipsos) e a insatisfação com o cenário econômico no país criaram a expectativa de uma “onda vermelha”, uma referência à cor que representa o Partido Republicano. Mas, na realidade, a vitória da oposição deve ser muito mais discreta do que isso.

    No Senado, a disputa é ainda mais acirrada. São 100 assentos, sendo que 35 deles estão em jogo nestas eleições. Hoje, o Senado é dividido igualmente entre democratas e republicanos, com a vice-presidente americana, Kamala Harris, como voto de Minerva –o que garante uma maioria estreita ao partido de Joe Biden. Ainda não é possível saber qual será a configuração do Senado daqui para frente; democratas conseguiram vitórias em estados considerados chave para a disputa, como a Pensilvânia.

    Além dos assentos no Congresso, também estão em jogo os cargos de 36 governadores estaduais e de outras autoridades locais. Nessas corridas, ganha destaque a derrota de candidatos republicanos que se recusam a aceitar o resultado das eleições de 2020 – pelo menos 22 candidatos do partido a governo estadual não admitem que Biden venceu. Foi o caso de Nova York, por exemplo, em que o deputado republicano Lee Zeldin, que foi contra a certificação das vitórias de Biden no Arizona e na Pensilvânia, perdeu para a atual governadora, a democrata Kathy Hochul.