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    EUA defenderão Filipinas em caso de ataque no Mar do Sul da China, diz Blinken

    Secretário de Estado americano garantiu compromisso com tratado de defesa mútua entre os dois países

    O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken chega ao Palácio Malacanang para se encontrar com o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. em 6 de agosto de 2022 em Manila, Filipinas
    O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken chega ao Palácio Malacanang para se encontrar com o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. em 6 de agosto de 2022 em Manila, Filipinas Getty Images

    David Brunnstromda Reuters

    O secretário de Estado, Antony Blinken, garantiu às Filipinas no sábado (6) que os Estados Unidos sairão em sua defesa em caso de ataque no Mar da China Meridional, buscando aliviar as preocupações sobre a extensão do compromisso dos EUA com um tratado de defesa mútua.

    Em reuniões em Manila dominadas por discussões sobre as tensões entre EUA e China sobre a visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, Blinken disse que o pacto de defesa de 70 anos com as Filipinas era “resistente”.

    “Um ataque armado às forças armadas filipinas, embarcações e aeronaves invocará os compromissos de defesa mútua dos EUA sob esse tratado”, disse Blinken em entrevista coletiva. “As Filipinas são amigas, parceiras e aliadas insubstituíveis dos Estados Unidos.”

    Blinken foi o mais alto funcionário dos EUA a conhecer o novo presidente filipino Ferdinand Marcos Jr, filho do falecido ditador que Washington ajudou a fugir para o Havaí durante uma revolta de “poder popular” em 1986 que encerrou seu regime de duas décadas.

    No discurso de abertura, Marcos procurou minimizar a crise diplomática sobre Taiwan e disse acreditar que a viagem de Pelosi “não aumentou a intensidade” de uma situação que já era volátil. “Estamos nesse nível há um bom tempo, mas já nos acostumamos com a ideia”, disse Marcos.

    As Filipinas são peça importante da rivalidade geopolítica entre os Estados Unidos e a China e Marcos enfrenta um desafio complicado para equilibrar os laços entre as duas grandes potências.

    Os laços EUA-Filipinas foram abalados pelas aberturas do antecessor Rodrigo Duterte em relação à China, sua famosa retórica contra os americanos e ameaças de rebaixar seus laços militares.

    No sábado, o secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Enrique Manalo, disse que o presidente Joe Biden convidou Marcos para Washington, e ambos os lados estão trabalhando em uma data adequada.

    Manalo disse que Washington era um aliado importante, mas sobre Taiwan, disse a Blinken que as Filipinas “olham para as grandes potências para ajudar a acalmar as águas”. “Não podemos arcar com qualquer nova escalada de tensões”, afirmou.