EUA cobram Brasil sobre acusação de fraude em eleição e ataque ao Capitólio
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu carta de senador pedindo que rejeite ataque
A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos quer que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), se posicione contra o ataque ao congresso norte-americano que ocorreu no dia 6 de janeiro. O pedido veio em forma de carta ao Bolsonaro enviada pelo presidente da comissão e senador Robert Menendez, do Partido Democrata.
No pedido, Menendez citou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pedindo que ele, juntamente à presidência, condenem a invasão. Segundo o senador democrata, caso não haja uma resposta dos dois representantes rejeitando o ataque, poderá haver prejuízo para a relação entre os países. Ele afirmou, também que, neste caso, o governo brasileiro estaria corroborando a narrativa dos extremistas.
Até as 11h da manhã deste domingo (14), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ainda não tinha se manifestado formalmente sobre a carta.
No texto, Menendez descreve a invasão como um ato de terrorismo doméstico que resultou em mortes e não um ato de “cidadãos de bem”, como teria dito o ministro Araújo. O senador complementou dizendo que o fato de o ministro de Relações Exteriores do Brasil ter defendido esses atos demonstra o quanto ele é desconectado da realidade atual dos Estados Unidos.
O senador também critica Bolsonaro e Araújo por terem endossado os argumentos falsos de que as eleições dos Estados Unidos foram uma fraude. “Isso demonstra um apoio de seu governo a teorias da conspiração furadas e as terroristas domésticos”, escreveu.