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    EUA avaliam possíveis ações retaliatórias contra a China por conta de pandemia

    Fontes de dentro do governo dizem que Trump está frustrado por causa da recessão econômica e da ameaça de não conseguir a reeleição

    Presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado do presidente da China, Xi Jinping
    Presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado do presidente da China, Xi Jinping Foto: Kevin Lamarque/Reuters

    Há uma tendência crescente dentro do governo de Donald Trump para elaborar medidas retaliatórias contra a China por seu papel na pandemia de coronavírus, informaram três fontes familiarizadas com o assunto, entre elas uma autoridade dos Estados Unidos, mas avisaram que a iniciativa ainda está nos estágios iniciais.

    O presidente norte-americano demonstrou frustração crescente com a China nas últimas semanas por conta da pandemia, que custará dezenas de milhares de vidas nos EUA, provocou uma recessão econômica e ameaçou as chances de reeleição. Trump, inclusive, acredita que o vírus pode ter surgido em um laboratório em Wuhan.

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    Uma autoridade norte-americana, falando em condição de anonimato, confirmou que uma gama de opções estava sendo discutida, mas que a iniciativa ainda não chegou ao nível da principal equipe de segurança nacional ou levada ao presidente.

    Opções estão sendo discutidas, ainda informalmente, por autoridades em agências governamentais, incluindo o Departamento de Estado, o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, o Departamento do Tesouro e o Pentágono, disseram duas fontes.

    “Há uma discussão sobre o quão duro vamos bater na China e como calibrar isso apropriadamente”, disse uma fonte enquanto Washington age com cuidado em relação aos laços com o governo de Pequim, já que importa equipamentos de proteção individual do país asiático e ainda teme afetar um frágil acordo comercial.

    O jornal The Washington Post, citando duas pessoas com conhecimento de discussões, publicou que algumas autoridades do governo discutiram a ideia de cancelar dívidas detidas pela China como forma de atingir Pequim pelo que é visto como falta de sinceridade das autoridades chinesas em relação à pandemia.

    O principal conselheiro econômico de Trump negou as informações. “A fé completa e o crédito das obrigações de dívidas dos EUA são sagrados. Ponto final”, disse Larry Kudlow. “A matéria está completamente errada”.

    Trump disse na quarta-feira (29) que estava avaliando opções em termos de consequências para Pequim por conta do vírus. “Eu posso fazer muito”, disse.

    Entre as ideias consideradas estão sanções, uma nova rodada de tarifas e outras restrições comerciais, além de possivelmente suspender a imunidade soberana da China, disseram duas fontes.

    A pressão mais forte por medidas vem do Conselho de Segurança Nacional, incluindo do vice-conselheiro de segurança nacional Matthew Pottinger, enquanto autoridades do Tesouro aconselham cautela, disseram as fontes.