EUA: 10 ex-secretários de Defesa dizem que tempo de contestar eleição ‘passou’
Em carta, ex-secretários de Defesa americanos pedem que Pentágono se abstenha de participar dos esforços de Donald Trump para seguir no cargo
Em carta publicada no jornal The Washington Post, um grupo de 10 ex-secretários de Defesa dos EUA disse que o tempo de questionar as eleições do país “passou”, enquanto o presidente Donald Trump continua negando sua derrota para Joe Biden.
A carta – assinada por Dick Cheney, James Mattis, Mark Esper, Leon Panetta, Donald Rumsfeld, William Cohen, Chuck Hagel, Robert Gates, William Perry e Ashton Carter – diz, ainda, que os militares não devem desempenhar nenhum papel nos esforços de Trump para bloquear a transferência de poder para Biden.
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O grupo, inclui Mark Esper, que foi demitido por Trump em novembro, bem como outro chefe de defesa de Trump, James Mattis.
“Nossas eleições ocorreram. Recontagens e auditorias foram realizadas. Desafios apropriados foram tratados pelos tribunais. Os governadores certificaram os resultados. E o colégio eleitoral votou”, disseram no artigo. “O tempo de questionar os resultados já passou.”
O grupo pediu ao atual chefe interino do Pentágono, Christopher Miller, que se abstenha de desempenhar um papel nos esforços de Trump para permanecer presidente e ajudar a próxima administração democrata com a transição.
“Os esforços para envolver as forças armadas dos EUA na resolução de disputas eleitorais nos levariam a um território perigoso, ilegal e inconstitucional”, escreveram. “Funcionários civis e militares que dirigem ou executam tais medidas seriam responsáveis, incluindo potencialmente enfrentando penalidades criminais”.
* Com informações de Diane Bartz, da Reuters; e Paul LeBlanc, da CNN
