Estônia está pronta para deixar de importar gás russo já em 2022, diz ministra
País se uniu à Finlândia para arrendar um terminal flutuante de gás natural liquefeito, que permitirá independência energética da Rússia


A Estônia quer acabar com sua dependência do gás russo “neste ano”, disse a ministra das Relações Exteriores Eva-Maria Liimets à CNN, nesta quinta-feira (7).
As imagens dos assassinatos de civis de Bucha “mudou a opinião pública em nossas sociedades e, por causa disso, avançamos rapidamente com essas decisões para acabar com os fluxos financeiros para a Rússia“, disse Liimets.
O governo disse que, a princípio, tomou a decisão de que a Estônia deixaria de importar gás russo neste ano. O Ministério de Assuntos Econômicos e Comunicações do país anunciou nesta quinta-feira (7) que Estônia e Finlândia concordaram em um arrendamento conjunto de um terminal flutuante de gás natural liquefeito (GNL), garantindo o fornecimento para ambos os países sem depender da Rússia.
A ministra das Relações Exteriores disse ser “lamentável” ver que a União Europeia pagou € 35 bilhões pela energia russa desde o início da guerra, chamando esses gastos de “desproporcionalmente grande” em comparação com o apoio financeiro dado à Ucrânia.
“O fornecimento de gás natural para a Estônia e a Finlândia depende muito da Rússia e, devido aos tempos incertos que estamos enfrentando, isso significa que temos que nos resguardar e fazer preparativos para ficar sem o gás russo completamente”, disse o Ministro de Assuntos Econômicos e Infraestrutura da Estônia, Taavi Aas, em comunicado.
Destacando a necessidade de tal acordo, o comunicado disse que “o consumo de quase meio ano não estaria coberto se as linhas de abastecimento fossem cortadas”.
O terminal flutuante está planejado para estar pronto no outono, no final de setembro.