Estocolmo+50 discute como alcançar objetivos globais de desenvolvimento sustentável
À CNN Rádio, Regina Cavini, representante do PNUMA, afirmou que evento faz um balanço desde a primeira Conferência de Estocolmo, de 1972


Cinco décadas após a Conferência de Estocolmo de 1972 – a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente –, o Governo da Suécia agora sedia a Estocolmo +50.
Neste ano, cerca de 113 países participam e adotam uma série de princípios sobre a causa ambiental, incluindo a Declaração de Estocolmo e o Plano de Ação para o Meio Ambiente (PNUMA).
Em entrevista à CNN Rádio, a representante adjunta do PNUMA no Brasil, Regina Cavini disse que o evento é de “reflexão”.
“Ele serve para fazer um balanço dos últimos 50 anos, na primeira Conferência saíram várias propostas e, agora, vemos o que está dando certo e o que não está.”
A especialista explicou que o objetivo da reunião não é tirar um novo acordo ou resolução, mas, sim, “discutir como a gente vai acelerar o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Agenda 2030.”
Foram traçados 17 objetivos pelos estados-membros da ONU, especialmente na questão ambiental, mas também em assuntos como igualdade de gênero, raça, governança e justiça.
No que diz respeito ao clima, segundo Regina, há uma “tripla crise planetária”: “Temos a questão climática, poluição, e perda da biodiversidade, agora precisamos ver como a gente pode se mobilizar e diminuir essa ameaça.”
“A gente consome mais recursos naturais do que a natureza provê, esse modelo de produção é totalmente insuficiente, não permite a renovação da natureza para que todos possam se valer agora e no futuro, precisamos de mais esforços para combater a crise planetária”, completou.
Na avaliação de Regina Cavini, há disposição das nações para agir nesse sentido: “Países têm se reunido nas conferências de clima, para fazer acordos, como o compromisso na redução de gases de efeito estufa, mas existe conclusão de que não se está fazendo tanto quanto se deveria.”
“Talvez o que se precise pensar não é só o compromisso no papel, mas o que as nações conseguem e podem efetivamente fazer”, defendeu.