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    Estados Unidos trabalham em “Plano B” para exportações de grãos ucranianos

    Na sexta-feira, Rússia e Ucrânia assinaram acordo que permite a exportação dos grãos através do Mar Negro após meses de negociações

    Larry MadowoBethlehem FelekeNiamh Kennedyda CNN

    Os Estados Unidos estão trabalhando com a Ucrânia em um “Plano B” para tirar as exportações de grãos do país após o ataque da Rússia ao porto de Odessa, de acordo com a administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, Samantha Power.

    “O plano B envolve rodovias, ferrovias e rios, enviar barcaças e ajustar os sistemas ferroviários para que estejam melhor alinhados com os da Europa, para que as exportações possam sair mais rapidamente”, disse Power a Larry Madowo, da CNN, em entrevista em Nairóbi, Quênia, no domingo, depois de visitar áreas atingidas pela seca no Quênia e na Somália na semana passada.

    “Estamos vivendo o plano de contingência porque não há como você confiar em nada do que Vladimir Putin diz”, continuou ela.

    Power destacou que, apesar da segurança oferecida por um plano de contingência, “não há substituto para Putin permitir que o bloqueio termine e os grãos sejam enviados da maneira mais eficiente possível”.

    Na sexta-feira, a Rússia e a Ucrânia assinaram um acordo que permite a exportação de grãos ucranianos através do Mar Negro após meses de negociações difíceis, mediadas pela Turquia e pelas Nações Unidas.

    No entanto, apenas um dia depois, a Rússia realizou um ataque com mísseis no porto de Odesa, no sul da Ucrânia, onde estoques vitais de grãos estavam armazenados.

    Mais da metade das importações de trigo da Somália vêm da Ucrânia, disse Power, acrescentando que 20 milhões de toneladas métricas de trigo e milho ainda estão presas no porto de Odesa.

    Power disse que espera que o acordo de grãos “de alguma forma se mantenha”, apesar da decisão da Rússia de “dar as costas imediatamente” bombardeando o porto.

    Garantir o fornecimento de grãos ajudará a reduzir os preços, disse Power.

    “Mesmo o espectro desse acordo funcionando e sendo cumprido e os grãos saindo do porto derrubaram os preços, mesmo em um período de 24 horas”, disse ela. “Então, mais oferta com a mesma quantidade de demanda vai significar preços mais baixos.”

    Na semana passada, os EUA anunciaram mais US$ 1,3 bilhão em assistência humanitária ao Chifre da África, com uma seca sem precedentes na Etiópia, Quênia e Somália.

    Power convocou os países que desempenham “papéis de liderança no sistema internacional, como a República Popular da China claramente aspira a fazer”, a “cavar mais fundo” para evitar que a crise alimentar “se torne uma catástrofe”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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