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    Estados Unidos pedem libertação imediata do presidente de Burkina Faso

    Presidente Roch Kabor foi detido em acampamento militar durante motim

    Jonathan LandayHumyera Pamukda Reuters

    O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (24) estar ciente de relatos de que o presidente de Burkina Faso, Roch Kabore, foi detido pelos militares, mas que é “muito cedo” para caracterizar os últimos acontecimentos no país da África Ocidental.

    “Pedimos a libertação imediata do presidente Kabore e outros funcionários do governo e que os membros das forças de segurança respeitem a constituição e a liderança civil de Burkina Faso”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price em entrevista coletiva.

    “Pedimos a todos os lados nesta situação fluida que permaneçam calmos e busquem o diálogo como meio de resolver queixas”, continuou Price.

    O presidente de Burkina Faso, Roch Kaboré, foi detido em um acampamento militar por soldados amotinados, disseram quatro fontes de segurança e um diplomata da África Ocidental nesta segunda-feira (24), após relato de um tiroteio intenso em torno de sua residência na noite de domingo (23) na capital Ouagadougou.

    A frustração aumentou em Burkina Faso nos últimos meses devido à morte frequente de civis e soldados por militantes, alguns dos quais têm ligações com o Estado Islâmico e a Al Qaeda.

    Manifestantes saíram para apoiar os amotinados no domingo e saquearam a sede do partido político de Kaboré. O governo decretou um toque de recolher até novo aviso e fechou as escolas por dois dias.

    A turbulência em Burkina Faso ocorre após golpes militares bem-sucedidos nos últimos 18 meses nos vizinhos Mali e Guiné, onde o exército removeu o presidente Alpha Condé em setembro passado. A África Ocidental, que até recentemente parecia ter perdido sua reputação de “cinturão de golpes” da África, continua suscetível a esses movimentos.

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