Estados Unidos ganham apelação para extradição de Julian Assange
Apesar da vitória na Corte de Londres, ainda cabe recurso do fundador da WikiLeaks
Os Estados Unidos ganharam uma apelação na Corte de Londres para extraditar o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, acusado de crimes de conspiração e espionagem pelo governo americano.
A decisão foi tomada pelo juiz Timothy Holroyde nesta sexta-feira (10). O novo pedido de extradição havia sido homologado na justiça britânica em outubro.
Pelas redes sociais, a noiva de Assange declarou que a decisão da Corte britânica tratava-se de um “grave mal uso da justiça”.
Segundo o WikiLeaks, Assange não pode comparecer ao tribunal para a defesa.
Relembre o caso
O governo dos Estados Unidos entrou com um processo contra o jornalista porque o WikiLeaks publicou uma série de documentos e vídeos, em 2010 e 2011, a respeito da operação militar do país no Afeganistão e no Iraque.
O material revelou que os militares norte-americanos mataram centenas de civis no primeiro país – mortes que não foram oficialmente registradas.
Já no território iraquiano, de acordo com os documentos, os Estados Unidos seriam os responsáveis pela morte de 66 mil civis, além de terem torturado prisioneiros.
Segundo o governo norte-americano, Assange conspirou para conseguir o material e a publicação colocou em risco a vida de militares do país.
Os advogados do fundador do WikiLeaks dizem que o processo é político, além de colocar em risco a liberdade de imprensa.
*Matéria em atualização