Estados Unidos esperavam “muito mais derramamento de sangue” na Rússia, diz autoridade
Funcionário ouvido pela CNN afirmou que os norte-americanos esperavam um confronto mais violento em Moscou
Autoridade dos EUA ouvida pela CNN afirmou ter sido uma surpresa que os militares profissionais da Rússia não tenham feito um trabalho melhor ao confrontar as tropas de Wagner enquanto avançavam para Rostov e subiam em direção a Moscou.
Para aumentar essa surpresa, disse uma autoridade dos EUA, foi a rapidez do acordo fechado no sábado, que o Kremlin disse ter sido intermediado por Belarus.
“Eu sei que avaliamos que seria muito mais violento e sangrento”, disse o funcionário à CNN.
À medida que ficou mais claro para os analistas de inteligência dos EUA que Yevgeny Prigozhin estava prestes a mobilizar suas tropas do Grupo Wagner dentro da Rússia, a expectativa era que sua marcha em direção a Moscou encontrasse muito mais resistência e fosse “muito mais sangrenta do que era”.
No final, não houve luta por Moscou, onde se esperava uma resistência feroz. A razão declarada de Prigozhin para encerrar a marcha dos mercenários foi o desejo de evitar derramamento de sangue, disse ele.
“Agora é o momento em que o sangue pode ser derramado. Portanto, percebendo toda a responsabilidade pelo fato de que o sangue russo será derramado de um dos lados, viramos nossas colunas e partimos na direção oposta”, disse Prigozhin.
O objetivo final do chefe do Grupo Wagner em sua campanha de curta duração permanece incerto.
Nos dias que antecederam a marcha, a inteligência dos EUA avaliou que ele iria desafiar a liderança russa, disseram várias fontes. Mas não está claro se isso era para o próprio Putin ou para a liderança militar que ele havia criticado por muito tempo.