Estados Unidos consideram produção conjunta de armas com Taiwan
Desde 2017, os presidentes dos EUA aprovaram mais de US$ 20 bilhões em vendas de armas para a ilha
O governo dos Estados Unidos está considerando um plano para produzir armas em conjunto com Taiwan, informou um lobby empresarial na quarta-feira (19), em iniciativa destinada a acelerar as transferências desses produtos para reforçar a dissuasão de Taipé contra a China.
Desde 2017, os presidentes dos EUA aprovaram mais de 20 bilhões de dólares em vendas de armas para Taiwan, à medida que a China aumenta a pressão militar sobre a ilha democraticamente governada, que Pequim reivindica como seu próprio território.
Mas Taiwan e o Congresso americano alertaram sobre atrasos na entrega devido a dificuldades na cadeia de suprimentos e atrasos causados pelo aumento da demanda por alguns sistemas devido à guerra na Ucrânia.
“Está bem no início do processo”, disse Rupert Hammond-Chambers sobre o plano. Ele é presidente do Conselho Empresarial EUA-Taiwan, que conta com vários empreiteiros de defesa americanos como membros.
Hammond-Chambers afirmou que ainda não foi determinado quais armas seriam consideradas parte do esforço, embora provavelmente se concentre em fornecer a Taiwan mais munições e tecnologia de mísseis há muito estabelecida.
Mas ele alertou que qualquer medida desse tipo exigiria que os fabricantes obtivessem licenças de coprodução dos departamentos de Estado e de Defesa. Hammond-Chambers acrescentou que pode haver resistência dentro do governo dos Estados Unidos em emitir licenças de coprodução devido ao desconforto em aprovar tecnologia crítica para uma plataforma estrangeira.
O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan se recusou a comentar, mas reiterou que as relações entre os dois países são “próximas e amigáveis”.
Questionado sobre o esforço, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA pontuou: “Os Estados Unidos estão analisando todas as opções para garantir a rápida transferência de capacidades defensivas para Taiwan”.