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    “Esperávamos morrer a qualquer minuto”: Moradores de Gaza relatam fuga de Khan Younis

    Militares israelenses anunciaram que cercaram a cidade

    Abeer SalmanIbrahim DahmanCeline AlkhaldiTim Listerda CNN

    Milhares de pessoas estão deixando a cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza, após as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciarem que cercaram a área, em meio a novas operações.

    Um vídeo da CNN feito na segunda-feira (22) mostra pessoas sentadas nas laterais das ruas e nas proximidades da costa enquanto iam para oeste e sul do território.

    As FDI instruíram os civis a deixarem vários distritos dentro e ao redor da cidade e seguir em direção à costa, que foi descrita à CNN como “mais segura”.

    As imagens mostra carros, caminhões e tratores transportando famílias e seus pertences essenciais, como cobertores, colchões e alimentos. Muitos, porém, estão caminhando.

    Hisham Sayegh disse ter visto quatro pessoas mortas, o que o forçou a sair de casa com sua família à medida que os bombardeios na área se intensificavam.

    “Há pessoas mortas no chão. Nós os deixamos para trás. Há pessoas mortas dentro das casas. Esperávamos morrer a qualquer minuto”, comentou Sayegh.

    Amer Hijjo, morador do norte de Gaza, relatou que estava fugindo pela terceira vez.

    “Agora, estamos novamente deslocados para o desconhecido. O bombardeio durou a noite toda. Acordamos com um tanque na entrada de casa nesta manhã [segunda-feira], então fomos embora”, disse.

    Um Mohammad, uma mulher de Khan Younis, afirmou que ela e a sua família estão na rua até decidirem para onde ir e não têm dinheiro para pagar o transporte para sul, até Rafah.

    “Legumes, farinha e água são caros. Não há banheiros. Ninguém se preocupa conosco como se não fôssemos seres humanos”, destacou.

    “Estamos nas ruas há mais de 100 dias. Em todos os lugares que vamos, eles nos dizem para sair, e aqui estamos nós novamente nas ruas”, adicionou.

    Um Adel, uma mulher da cidade de Gaza, disse à CNN que sua família esteve em Khan Younis e sua neta morreu porque “não havia oxigênio ou medicamentos para ela”.

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