Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Espanha registra novos protestos após acordo entre Partido Socialista e separatistas catalães

    Nesta quinta (9), o partido do primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, garantiu o apoio do partido separatista catalão Junts em um acordo que concede anistia aos processados ​​pela tentativa de separação da Catalunha

    Da CNN

    Novos protestos ocorrem em Madri, capital da Espanha, nesta quinta-feira (9), depois que o Partido Socialista, sigla do primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, garantiu o apoio do partido separatista catalão Junts em um acordo que concede anistia aos processados ​​pela tentativa de separação da Catalunha.

    Caso aprovada no Congresso, a lei de anistia inclusa no acordo poderia anistiar cerca de 1.400 ativistas e políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha em relação à Espanha em 2017.

    Santos Cerdan, um alto funcionário do Partido Socialista, disse em uma coletiva de imprensa que, embora o seu partido ainda tivesse “desentendimentos profundos” com Junts, eles tinham sido colocados de lado para formar um “governo estável”.

    O acordo prevê que Junts apoie o partido no parlamento por um mandato completo de quatro anos, disse Cerdan.

    A oposição acusara Sánchez de colocar em risco o Estado de direito da Espanha para obter ganhos políticos próprios. Santiago Abascal, líder do partido de extrema-direita Vox, participou dos protestos que tomaram as ruas da capital e disse aos jornalistas: “Estamos perante o fim da democracia, o maior ataque de sempre à unidade nacional”.

    Nesta quinta, fogos de artifício e outros objetos foram atirados contra a polícia enquanto cerca de 8.000 manifestantes, segundo as autoridades, agitavam bandeiras da Espanha em manifestação na frente da sede do Partido Socialista em Madrid.

    Faixas com os dizeres “Sánchez traidor” foram erguidas pelos manifestantes na sétima noite de protestos na capital.

    Outros protestos também ocorreram em Barcelona e Valência.

    Entre os que seriam beneficiados por essa anistia está Carles Puigdemont, o líder do partido Junts que atualmente vive exilado na Bélgica, por conta das acusações que enfrenta como líder da campanha separatista da Catalunha em 2017.

    Se a anistia for aprovada pelo Congresso, Puigdemont poderá regressar a Espanha e concorrer a cargos públicos.

    Sánchez e seu partido estão há meses mobilizados em negociações para formar uma coalizão e governar, já que nas eleições de julho nenhum partido conseguiu maioria absoluta para governar sozinho.

    No mês passado, o Partido Socialista chegou a um acordo para governar em coalizão com a sigla de extrema-esquerda Sumar, mas ainda precisa do apoio de partidos menores para a votação do primeiro turno – que pode ocorrer na semana que vem.

    Atualmente, mesmo com o apoio de Junts, os socialistas ainda não alcançariam a maioria absoluta de 176 assentos no Parlamento para ganhar a votação no Congresso de 350 assentos, ou para garantir uma maioria simples para uma segunda votação.

    Eles ainda precisam do apoio de cinco parlamentares do Partido Nacionalista Basco, que ofereceu apoio inicialmente, mas disse que esperaria o desenrolar do acordo com o Junts para confirmar.

    A votação deve ser concluída até 27 de novembro ou uma nova eleição começará automaticamente.

    *Publicado por Fernanda Pinotti, com informações da Reuters