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    Espanha endurece restrições em meio ao aumento do número de mortos por COVID-19

    País já tem 6,5 mil mortos pelo novo coronavírus. Trabalhadores de serviços não essenciais devem ficar em casa por duas semanas, determinou governo

    A Espanha se preparava para entrar em sua terceira semana em isolamento quase total, neste domingo (29), quando o governo aprovou um fortalecimento de medidas para conter a disseminação do coronavírus. A COVID-19 matou 838 pessoas no último dia e número total de óbitos no país já chega a 6.528.

    Perdendo apenas para a Itália em vítimas fatais, a Espanha também viu as infecções subirem de 72.248 para 78.797 em relação ao dia anterior.

    O primeiro-ministro Pedro Sánchez, em discurso televisionado ao país na noite de sábado, anunciou que todos os trabalhadores não essenciais devem ficar em casa por duas semanas, na mais recente medida do governo na luta contra o coronavírus.

    Ele disse que os trabalhadores receberão seus salários habituais, mas terão que compensar as horas perdidas posteriormente. A medida vai durar de 30 de março a 9 de abril.

    No domingo, a ministra do Trabalho, Yolanda Diaz, afirmou que a medida é “flexível” e que os trabalhadores serão remunerados, mas espera-se que os dias sejam compensados antes de 31 de dezembro.

    “Precisamos reduzir a mobilidade ao nível dos domingos”, disse ela, acrescentando que, considerando o feriado da Páscoa, as medidas abrangem oito dias úteis.

    Ela repetiu os pedidos do primeiro-ministro Sánchez para que a União Europeia reaja, dizendo: “precisamos de uma Europa na qual os direitos dos trabalhadores sejam reforçados”.

    Os sindicatos elogiaram as medidas e os grupos empresariais CEOE e CEPYME disseram que vão cumprir a nova regra, mas que “ela gerará um enorme impacto sem precedentes na economia espanhola, especialmente em setores como a indústria”.

    A desaceleração “pode levar a uma crise mais profunda da economia que pode se tornar social”, alertaram em comunicado.

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