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    Equador revoga cidadania do fundador do WikiLeaks, Julian Assange

    Decisão do tribunal anulou o status de Assange como cidadão equatoriano, que foi concedido a ele em dezembro de 2017; ativista está preso no Reino Unido

    Maria Fleet e Ana María Cañizares, da CNN

    Um tribunal equatoriano decidiu na segunda-feira (26) a favor da revogação da cidadania do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de acordo com uma sentença publicada pelo Poder Judiciário do Equador.

    A decisão do tribunal anulou o status de Assange como cidadão naturalizado do Equador, que foi concedido a ele em dezembro de 2017 pelo então presidente Lenín Moreno.

    Carlos Poveda, advogado de Assange no Equador, disse à CNN que apelaria da decisão.

    Assange, um australiano, passou quase sete anos trancado na Embaixada do Equador em Londres protegido pelo status de asilo, evitando a extradição para a Suécia.

    Ele acabou sendo preso em 2019 pela Polícia Metropolitana de Londres em conexão com acusações de violação de fiança e um mandado de extradição separado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sob a acusação de conspiração para roubar segredos militares, decorrentes da publicação de documentos confidenciais do WikiLeaks.

    Sua prisão ocorreu depois que a embaixada do Equador perdeu a paciência com o fundador do WikiLeaks e revogou seu status de asilo.

    Na época, o então ministro das Relações Exteriores, José Valência, e a então ministra do Interior, María Paula Romo, acusaram Assange de andar de lambreta pelos corredores apertados da embaixada, insultar funcionários e espalhar fezes nas paredes.

    Valência também acusou Assange de fazer “afirmações falsas” em seus documentos de pedido de naturalização.

    O governo equatoriano também ficou incomodado com o apoio vocal de Assange ao movimento de independência da Catalunha, que o país sul-americano temia que pudesse prejudicar suas relações com a Espanha.

    Assange está atualmente na prisão no Reino Unido por violar suas condições de fiança quando entrou na embaixada do Equador em Londres para escapar da extradição para a Suécia. Os promotores suecos abandonaram sua investigação de abuso sexual e coerção contra ele em 2015 e sua investigação sobre acusações de estupro em 2020.

    Em janeiro, um juiz britânico rejeitou o pedido de Washington de extraditar Assange para os EUA, determinando que tal medida seria “opressiva” em razão de sua saúde mental.

    (Texto traduzido. Leia aqui o original em inglês.)

     

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