Equador expande área marinha protegida ao redor das Ilhas Galápagos
Ação é primeiro passo de plano para criar um corredor comum de migração para espécies ameaçadas
O Equador criou na sexta-feira (14) uma nova reserva marinha em torno de suas intocadas Ilhas Galápagos, cuja rica biodiversidade inspirou a Teoria da Evolução de Charles Darwin, enquanto busca expandir as proteções para espécies migratórias ameaçadas de extinção.
Ampliar a reserva em 60.000 quilômetros quadrados é o primeiro passo de um plano acordado pelo Equador com seus vizinhos próximos Colômbia, Costa Rica e Panamá na Cúpula do Clima da ONU (COP 26) em Glasgow, no ano passado.
O objetivo é criar um corredor comum através do qual as espécies ameaçadas pelas mudanças climáticas e a pesca industrial possam migrar.
A reserva marinha atual de Galápagos, uma das maiores do mundo, mede cerca de 138.000 quilômetros quadrados, e a nova área de conservação terá 198.000 quilômetros quadrados protegidos.
“Hoje estamos declarando uma reserva marinha com uma área de 60.000 quilômetros quadrados, equivalente a uma área três vezes maior que Belize”, disse o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, após assinar a nova reserva a bordo do navio de pesquisa Sierra Negra ancorado em Puerto Ayora, na Ilha de Santa Cruz, o centro turístico de Galápagos.
Durante a Cúpula do Clima da ONU, Lasso disse esperar que o plano de expansão da reserva obtenha financiamento por meio de uma troca de dívida de conservação. No entanto, na sexta-feira, Lasso não revelou detalhes de financiamento.
Ambientalistas dizem que a reserva ajudará a proteger pelo menos cinco espécies gravemente ameaçadas – incluindo tubarões-martelo, tubarões-baleia, tartarugas e outras espécies que migram entre Galápagos e a Ilha Cocos, na Costa Rica.